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Comunicação

Conar conversa com redes sociais para tentar coibir anúncios falsos

Em reportagem veiculada no Fantástico, presidente da entidade diz que tenta inserir as plataformas no âmbito da autorregulação


18 de dezembro de 2023 - 16h20

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(Crédito: Rey/Adobestock)

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) está em conversas com as principais plataformas de redes sociais (Meta, Google e TikTok) para tentar restringir a veiculação de produtos fraudulentos.

A informação foi noticiada pelo próprio presidente do Conar, Sergio Pompílio, em reportagem veiculada na noite desse domingo, 17, no Fantástico, da TV Globo. O jornalístico detalhou como personalidades famosas, em sua maioria da própria Globo, têm tido sua imagem e voz utilizadas, via inteligência artificial, para a exibição de anúncios de produtos, como medicamentos e chás com propriedades curativas, sem comprovação científica.

Em entrevista ao Fantástico, Pompilio explicou sobre as bases da autorregulamentação do mercado publicitário, esclarecendo que as empresas que compõem o Conar – anunciantes, veículos e agências de publicidade – seguem um código de ética que prevê a recusa de anúncios de produtos e itens de procedência duvidosa.

Contudo, as redes sociais ainda não aderiram aos princípios de autorregulação do Conar, o que faz com que tais plataformas não sigam as diretrizes de recusar ou retirar do ar, de forma ágil, os anúncios considerados fraudulentos.

Porém, segundo Pompilio, o Conar está em conversas com as plataformas para que sejam estabelecidas regras de autorregulação que permitam mais agilidade na exclusão e remoção de anúncios falsos ou fraudulentos.

Segundo a apuração de reportagem de Meio & Mensagem, não há, ainda, previsão a respeito da conclusão dessas conversas e da possível criação de algum código de autorregulação específico para esse tipo de publicidade.

A reportagem do Fantástico relatou que, em uma pesquisa realizada pelo NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mais de 5900 anúncios que usavam imagem e voz de artistas da Globo, de forma indevida, foram localizados nas redes sociais.

Essas peças publicitárias fazem uso de tecnologia deep fake e inteligência artificial para mostrar personalidades como William Bonner, Drauzio Varella, Ana Maria Braga e Marcos Mion recomendando remédios e outros produtos de saúde e estética.

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