Conar investigará denúncias sobre campanhas do iFood
Conselho irá apurar se aplicativo infringiu código brasileiro de publicidade após denúncias feitas em reportagem da Agência Pública
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Bárbara Sacchitiello
11 de abril de 2022 - 19h10
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) comunicou nesta segunda-feira, 11, que “abriu processo investigatório sobre a campanha em redes sociais, atribuída ao iFood, conforme denúncias publicadas na imprensa.”
As denúncias a que a entidade publicitária se refere foram feitas em reportagem publicada na semana passada pela Agência Pública.
O texto, intitulado “A máquina oculta de propaganda do iFood”, relatava que o aplicativo de delivery teria contratado agências de inteligência artificial e de monitoramento digital para implantar campanhas de outros motes em meio à um movimento de greve feito pelos trabalhadores do iFood.
De acordo com reportagem da Agência Pública, um funcionário de uma agência de monitoramento digital teria se infiltrado em uma manifestação de entregadores para pleitear a vacinação aos trabalhadores do aplicativo. Essa pauta, no entanto, teria sido criada pela agência de publicidade para, segundo a reportagem, esvaziar outras reivindicações feitas pelos entregadores.
Segundo a reportagem, as agências Benjamim Comunicação e Social Qi teriam monitorado as greves dos entregadores para o aplicativo entre julho de 2020 e novembro de 2021. A partir disso, as agências teriam criado páginas nas redes sociais para mobilizar entregadores e levantar pautas que, supostamente, partiriam dos entregadores, mas que na verdade eram planejadas pelo próprio iFood.
Para a Agência Pública, o iFood respondeu que sua atuação nas redes sociais “se dá estritamente dentro da legalidade, não compactuando com o uso de perfis falsos, geração de informações falsas, automação de publicações por uso de robôs ou compra de seguidores.”
O aplicativo afirmou que realiza suas comunicações institucionais por seus canais oficiais e contrata agências, como a Benjamin Digital, para serviços de monitoramento de redes sociais.
De acordo com o Conar, a abertura do processo investigatório visa apurar eventual cometimento de infração ao Código Brasileiro de Autorregulaentação publicitária, bem como identificar a autoria da campanha.
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