Diretor de cena Ian Ruschel retorna à Stink Films como sócio

Caio Fulgêncio
15 de julho de 2024 - 6h00

Depois de nove anos, Ian Ruschel acaba de retornar para o time da Stink Films como um dos sócios da operação brasileira, que é chefiada por Jones e Tino. O diretor de cena fez parte da produtora entre 2013 e 2015, quando iniciou a internacionalização da carreira. Após esse período, ingressou na Iconoclast Brazil, onde também chegou a ser sócio. Com forte reconhecimento no mercado, Ruschel é um dos principais diretores de filmes publicitários do País, conforme o  ranking Talento de 2023, publicado por Meio & Mensagem.

Ian Ruschel passa a ser um dos sócios da produtora Stink (Crédito Divulgação)

Para Ruschel, além de seguir dirigindo projetos dentro e fora do País, o regresso será o momento propício para incorporar projetos autorais que possam contribuir com questões sociais. Esse também será, segundo o profissional, um convite para os outros diretores que compõem o casting.

“Essa mudança me dá a oportunidade de ter o coletivo e a criação como coração do meu trabalho. A Stink já é conhecida por ser uma produtora de diretores e quero dar força a isso, estimulando os valores criativos de cada um. É muito importante que as pessoas sejam respeitadas em suas individualidades e que desejem o crescimento do grupo”, diz.

A Stink completa seu 12º aniversário neste ano e, segundo Jones, a volta de Ian marca o momento de maturidade enquanto negócio, sempre com foco na expansão. Além disso, também reafirma a mentalidade da produtora em relação à formação de talentos.

“O Brasil é um celeiro de criatividade. Com isso, como país, nosso destino natural é expandir nossas fronteiras pelo mundo e continuar surfando na economia criativa global”, afirma Jones. “A chegada dele será fundamental para a Stink São Paulo se manter criativa e relevante, além de uma inspiração para a nova geração de diretores”, inclui Tino.

Stink e negócios

Na cadeira executiva, Ruschel lembra que a Stink é uma das poucas produtoras de grande porte que se mantêm independentes no mercado brasileiro atual. Isso, segundo ele, permite que o trabalho seja flexível e versátil sem correr o risco de perder a “identidade como coletivo e marca”.

O novo sócio diz também que quer contribuir para que a produtora também mantenha a prioridade em inovação e criatividade. Com isso, o plano é incorporar ainda mais novas tecnologias e aproveitar a experiência de escritórios de outros países por meio de intercâmbio de conhecimento.

“Vejo a chegada da inteligência artificial e ferramentas avançadas, como realidade aumentada e produção virtual, como maneiras de potencializar o trabalho dos nossos diretores. Tudo isso sempre partindo da percepção de que o talento é humano, que a criatividade suas inovações são genuinamente humanas”, ressalta.

Por fim, Ruschel considera ser muito importante que os diretores da casa explorem a variedade de formatos – desde projetos publicitários, clipes, entretenimento e até instalações de arte. Assim, esse incentivo também fará parte do seu olhar como liderança. Além dele, a Stink tem como sócios Tino, Jones e o tcheco Daniel Bergmann, fundador da empresa.

“Também quero formar uma categoria de base na produtora. Isso é algo que sempre deseje fazer. Ter na produtora um espaço onde possamos ajudar a formar e fomentar diretores, diretores de arte, fotógrafos, através de um núcleo de pesquisa composto exclusivamente por jovens talentos”, anuncia Ruschel.

O casting de diretores da Stink inclui nomes como Douglas Bernardt, Irmãs Fridman, The Youth, Giordano, Natan Neves, Larissa Zaidan, Brendo e Luisa Kracht.