Gamers profissionais entram na mira das grandes marcas
Estrelas do e-sports como Ninja, RAMZES666, Uzi e Solo já protagonizam campanhas de anunciantes globais
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Renato Rogenski
22 de março de 2019 - 6h00
Fã de jogos de tiro em primeira pessoal, o jogador de futebol Neymar assistiu o seu time ser eliminado da Champions League, em Paris, ao lado de seu amigo Ninja. Para quem não sabe, Tyler “Ninja” Blevins, é uma das estrelas do e-sports mundial. O streamer ganhou a atenção do mainstream ao jogar Fortnite com o rapper Drake e já revelou ter ganhos de aproximadamente US$ 500 mil por mês. Cada vez mais constantes e comentadas, as aparições de figuras famosas do mundo dos games em grandes eventos dão o tom do nível de popularidade e alcance da modalidade. De acordo com o mais recente report da Newzoo, agência especializada em análises do segmento, o mercado de e-sports deve gerar US$ 1,1 bilhão em 2019.
O mesmo estudo mostra que o crescimento contínuo da modalidade e seu engajamento deve fazer com que mais atletas da área se tornem influencers, atraindo a atenção das marcas e destaque em campanhas publicitárias. Em 2018, alguns exemplos já sinalizaram essa tendência. Estrela do League of Legends, Uzi, apareceu ao lado da lenda do basquete LeBron James na campanha “Drible &” da Nike na China.
Maior streamer do Brasil com mais de 1,3 milhão de seguidores em seu canal na Twitch.TV, Felipe YoDa Noronha acredita que a conexão entre as marcas não endêmicas e o e-sports potencializa o caráter profissional do cenário gamer. “Quando um atleta consegue desenvolver sua marca, como no meu caso a marca Y, e alcança um bom posicionamento com a comunidade, a parceria garante respeito, credibilidade e total conexão com a comunidade gamer. A linguagem é orgânica, então o público passa a gostar da marca mesmo sem conhecer. E todos ganham com a parceria”, explica.
Também em 2018, a Head & Shoulders lançou um comercial na Rússia com o RAMZES666, um jogador nativo de Dota 2. Seu companheiro de equipe na Virtus.pro, o Solo, também estrelou um filme similar para a Gillette. Para YoDa, o movimento é natural e o alcance e a influência que os grandes jogadores possuem é imenso. “Se souberem ser profissionais e empreenderem como marca, o sucesso é garantido. As empresas querem estar junto com os jogadores. E se eles tiverem empatia e os atributos conseguirem estabelecer relação entre marca e atleta, a chance é 100% de dar jogo. E uma coisa que sempre falo é que, para se ter sucesso, a gente não pode deixar de fazer as coisas de forma divertida e ser o que a gente é”, acredita.
No último mês de novembro foi a vez do Ninja, o mesmo personagem do começo deste texto, aparecer em um comercial da Samsung. No Brasil ainda não há muitos cases nesse sentido, mas algumas empresas tentam fomentar o movimento. Entre elas, a SehLoiro, a primeira network de influenciadores Gamers do Brasil, criada em 2016 pelo próprio YoDa. “Agenciamos influencers de destaque como Toboco e Tixinha, Jukes, Gratis, Jovirone, Daniels, Skipinho entre outros. Um grande case de conexão entre marcas foi quando lancei o time de streamers da SehLoiro em meu programa do YoTalkshow e a Submarino “comprou” a ideia e fechou a parceria com a SehLoiro, lançando o time da Submarino Stars. Atualmente sou atleta da Red Bull Br. Foi o primeiro contrato de atleta de games da Red Bull do Brasil, negociado e agenciado pela SehLoiro”, relata YoDa.
Imagem de topo: Carl Raw/ Unsplash
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