Geraldo Rocha Azevedo lança a Execution

Alexandre Zaghi Lemos
11 de novembro de 2016 - 8h00

Após dois anos como diretor de marketing, comercial e de vendas da Time For Fun (T4F), Geraldo Rocha Azevedo está de volta ao setor de agências. Sua nova empresa se chama Execution e nasce, segundo ele, com 25% de investimento de um fundo de private equity.

Geraldo Rocha Azevedo: “O que faz uma ideia germinar e florescer é a capacidade de execução”

Além dele como sócio majoritário e presidente, a agência terá como sócia e COO, Lucia Haddad, que se desligou no mês passado da direção-geral da Ínsula, agência de ativação fundada dentro da Neogama por Geraldo Rocha Azevedo e vendida em 2012 para o Publicis Groupe. Geraldo era um dos sócios da Ínsula e da Neogama quando as empresas passaram ao controle da holding francesa. Com isso, ele precisou cumprir cláusula de non compete até o mês passado. “Em dois anos na T4F participei da execução dos maiores eventos de música do País. Isso me deu experiência com aspectos práticos, de planejamento e de produção”, frisa.

A marca da nova agência explicita uma crença de seu fundador: “O que faz uma ideia germinar e florescer é a capacidade de execução”. Ele pretende atuar em ativação, digital, social e propaganda em busca de gerar a melhor experiência de marca.

De acordo com Geraldo, a equipe inaugural da Execution, composta ainda por dois profissionais de atendimento, uma dupla de criação e um executivo de produção, já está envolvida em quatro projetos. Em breve, ele promete anunciar o profissional que será o responsável pela direção das áreas de inovação e experiência, responsáveis pelas ações de ativação e digital da agência. “Teremos uma forte pegada colaborativa e de coworking, com duas ou três empresas de digital, mobile e user experience plugadas à Execution”, diz Geraldo, ainda sem revelar quais são.

Para ele, o principal diferencial da Execution é sua metodologia de trabalho que será aplicada a todos os projetos e é composta de três passos. “A primeira é a definição do insight, que no passado era a pesquisa, mas que agora é algo muito mais profundo. É preciso compreender o momento e saber onde a marca quer chegar”, explica. Os passos seguintes são a experiência em si, que para Geraldo precisa incluir uma recompensa, seja emocional ou financeira, e o residual, que consiste em gerar um compartilhamento ou uma atitude no público alvo, capazes de serem mensurados em prol da marca.

Geraldo Rocha Azevedo  inaugurou seu primeiro negócio na área de eventos em 1981, com apenas 21 anos de idade. Depois, passou pela área de publicidade, na Standard Ogilvy & Mather, em São Paulo, e partiu, em 1986, para carreira internacional na Ogilvy & Mather Promotions de Nova York. Ao retornar ao Brasil, em 1989, fundou a Rocha Azevedo, que se transformou em uma das principais agências nacionais de marketing promocional. Em 2001, Azevedo vendeu sua agência para a rede internacional The Marketing Store, mas ficou na presidência até 2006, quando seguiu para a Neogama/BBH, cuja totalidade das ações foi adquirida pelo Publicis Groupe em 2012.