Governo de São Paulo realizará 10 eventos-testes
Em parceria com a iniciativa privada, estado fará pilotos para verificar as possíveis consequências e possibilidades de retorno do setor
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Carolina Huertas
26 de maio de 2021 - 17h58
Show da banda Love of Lesbian, em Barcelona, em março, exigiu realização de teses e uso de máscaras
Durante a coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 26, o governador João Dória anunciou a realização de 10 eventos-testes em parceria com o setor privado no modelo de piloto para verificar as possíveis consequências e possibilidades de retorno do setor. Serão quatro eventos sociais na capital e no interior, com início em 15 de junho; uma feira de negócios em Santos, nos dias 29 e 30 de junho; duas feiras criativas, uma em Campinas e outra no Memorial da América Latina, nos dias 3 e 17 de julho; e três festas, na capital e no interior, a partir de 19 de junho.
“Não é uma retomada, não é uma abertura, são 10 eventos-teste para que possamos ter um planejamento seguro no segundo semestre, com responsabilidade, baseado na ciência e baseado em dados”, disse a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.
Todos estes eventos acontecerão com limitação de público, ambiente controlado, testagem rápida dos participantes com antígeno e resultado em até 15 minutos, e um acompanhamento de duas semanas pós-evento para identificar possível contaminação no recinto. A iniciativa conta com a participação de entidades como Abeoc, Abrace, Abrafesta, Abrevin, Anep, Apresenta, Sindiprom e Ubrafe.
Apesar desta não ser uma retomada dos eventos, o governo analisará a partir de situações reais as medidas de controle que possibilitarão a volta do setor. Para Alexis Pagliarini, presidente executivo da Ampro, estes eventos-testes são essenciais para a verificação do que pode ser feito no segmento e de como esses profissionais, que estão parados há praticamente um ano e meio, poderão conviver com essa pandemia com medidas para um retorno seguro.
“Talvez essa seja a medida mais promissora para aqueles que trabalham com eventos. É certo que as empresas tentaram se adequar com modalidades virtuais, mas isso não resolve o problema do setor, a receita envolvida nesse modelo é um décimo do que se movimenta com os presenciais. Este é um momento importante porque é a constatação de que a pandemia não vai embora tão cedo e, a partir disso, é importante termos formas de fazer voltar as atividades com todos os protocolos, mas convivendo com a pandemia”, diz Pagliarini.
O presidente da organização fez questão de deixar claro que eles não são negacionistas e são favoráveis a todos os cuidados, mas entendem que começar a enxergar formas de viabilizar os eventos é importante agora, e não esperar o fim da pandemia para se preocupar com os protocolos que precisarão ser seguidos.
“Esta é uma esperança que temos. Se os testes mostrarem que é possível realizar com segurança e sem aumentar os riscos de contaminação, é uma realidade de mercado que pode começar a ser pensada. Hoje, já é possível fazer eventos em São Paulo respeitando os horários e baixas capacidades, porém, é praticamente proibitivo a realização de eventos de grande porte”, constata Pagliarini.
**Crédito da imagem no topo: Denise Jans/Unsplash
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