Burger King amplia restrição a políticos em autoatendimento
Vídeo de consumidor que tentou colocar o nome de Bolsonaro no pedido viraliza e rede emite comunicado reafirmando ser apartidária
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Thaís Monteiro
17 de outubro de 2018 - 16h10
Procurada pela reportagem do Meio & Mensagem, a assessoria da rede de fast-food esclareceu que o nome de ambos os candidatos à Presidência da República não são aceitos no totem desde o início do período eleitoral para evitar confusões nas unidades da rede já que os nomes são emitidos em um televisor quando o pedido está pronto, e que, devido a repercussão do vídeo entre a noite de terça-feira e esta quarta-feira, 17, optou por bloquear outros termos ligados a política, inclusive “Lula”, já que, em outra versão, o nome era aceito pois Lula não é candidato. No primeiro vídeo, o usuário não tenta cadastrar o nome de Fernando Haddad.
https://twitter.com/BurgerKingBR/status/1052388307894710272
Além de emitir um posicionamento oficial (leia abaixo), o Burger King respondeu consumidores nas redes sociais e fez um vídeo para se posicionar como apartidário.
“O Burger King do Brasil esclarece que não apoia nenhum candidato ou grupo político. Segundo a rede de fast-food, os terminais de autoatendimento não permitem a utilização do nome de qualquer candidato relacionado à eleição presidencial atual. A marca informa que a partir de agora, para evitar possíveis associações políticas, também bloqueou outros nomes que possam ser relacionados à disputa. Além disso, a mensagem padrão utilizada para evitar termos discriminatórios foi agora atualizada para considerar o cenário eleitoral atual. O Burger King do Brasil reforça que é uma empresa apartidária e que todos são sempre bem-vindos.”
No final de setembro, a marca entrou no debate político ao veicular na TV e em redes sociais um vídeo em que convidava as pessoas que diziam votar nulo ou em branco a experimentar um sanduíche feito por terceiros. Em entrevista ao Meio & Mensagem, Ariel Grunkraut, diretor de vendas e marketing do Burger King Brasil, contou que a marca, como responsável por gerar conversas, achou importante explicar às pessoas as consequências desse voto.A ação, criada pela agência David e filmada em São Paulo, foi republicada pelo Partido Novo e até pelo então candidato Henrique Meirelles (MDB), mas Grunkraut afirmou: “é importante deixar claro que, em nenhum momento, tomamos partido. O principal cuidado foi deixar claro para nós mesmos que o foco é o consumidor”.
**Crédito da imagem no topo: Reprodução/Burger King
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