5 dicas para utilizar a IA nos processos criativos
Diretores de arte compartilham como extraem o melhor de ferramentas como Midjourney, Runaway e IA do Photoshop
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Caio Fulgêncio
28 de maio de 2024 - 6h00
Desde a popularização em 2023, tem sido cada vez mais comum a aplicação de ferramentas de inteligência artificial generativa (GenAI) em diferentes indústrias. E a publicidade não é uma exceção. Assim, é possível ver que a GenAI introduz novas possibilidades nas dinâmicas da direção de arte. Com o domínio dessas tecnologias, os ganhos podem ir, por exemplo, do aumento da agilidade e produtividade à exploração de novas ideias.
O Midjourney – ferramenta que desenvolve imagens inéditas e realistas com base em comandos (prompts) de texto – é uma das mais usadas. Bruno Valença, diretor executivo de criação e head de design da Africa Creative, conta que a utiliza em várias etapas do processo criativa, principalmente na busca de referências estéticas e fotográficas.
“Com ela, podemos descobrir novas ideias e perspectivas visuais, e gerar propostas criativas que servem como ponto de partida para novas direções artísticas. Além disso, há vantagem de compartilhar facilmente as criações, permitindo uma colaboração mais eficiente com outros membros da equipe”, pontua.
Elisa Rubio, diretora de arte da Fbiz, diz que a ferramenta também ajuda a representar ideias de maneira mais fácil, já que, passado, era demorado tentar representar coisas mirabolantes. “Eu perdia muito tempo compondo nos programas e, às vezes, nem chegava a um resultado próximo do esperado”, conta.
Já segundo Fill Almeida, diretor de arte sênior da Gut São Paulo, o Midjourney representa um avanço no desenvolvimento de cenas para storyboard e mock up de ideias. “Dessa forma, o cliente tem uma visão mais clara de como poderia ser o filme e/ou como a ideia poderia ser realizada na vida real. Acredito que, se bem utilizada nesses casos, conseguimos encantar mais e facilitar a aprovação da ideia”, diz.
Os diretores de arte também citam ferramentas como GigaPixel TOPAZ, Runaway, ChatGPT, bem como a nova atualização do Photoshop, que já vem com IA embedada, e o Firefly, também da Adobe. Nessa seara de tecnologias, os profissionais dão algumas dicas para extrair os melhores resultados.
Antes de tudo, Elisa orienta que é preciso estudar sobre as funcionalidades das tecnologias de IA generativa. Ela conta que, no início, costumava usar o YouTube como um aliado para melhorar o manuseio do Midjourney, por exemplo. “Já existem muitos tutoriais explicando cada funcionalidade da plataforma de um jeito mais simples. Isso acelerou meu processo”, relata.
Henrique Del Lama, diretor de arte e diretor executivo de criação da AlmapBBDO, é contundente ao dizer que “as ferramentas de IA nem sempre são tão inteligentes quanto parecem”. Já conforme Almeida, “a imagem ideal não é algo que aparece de cara”, logo, é preciso ser “bem específico ao escrever os prompts”. Nesse sentido, vale, inclusive, usar outras IAs, como ChatGPT, para ajudar a detalhar.
“Adicione detalhes que vão além dos itens visíveis na imagem. Na hora de escrever o prompt, descreva também como quer que a imagem seja, utilizando desde descrições de aspecto visual até a resolução”, complementa o diretor de arte da Gut.
Valença defende que a busca por melhores e mais completos resultados passa pela experimentação de estilos, processo mais fácil na atualidade. “A IA facilitou muito a questão de experimentar diferentes estilos artísticos e visuais”, diz.
Como desdobramento disso, Valença, da Africa, a indica duas outras ferramentas. A primeira é a Moodboard para gerar imagens explorando referências visuais. A segunda é a StoryBoards, que facilita na hora de montar uma sequência de imagens, com detalhes”, obtendo uma narrativa rápida de fácil entendimento.
De acordo com Del Lana, o mix de tecnologias pode fazer diferença na obtenção de “resultados únicos e impressionantes”. Elisa concorda e acrescenta que, muitas vezes, é possível fazer um blend de referências distintas e testar rapidamente para ver se funciona. “Aplicar essa junção pode facilitar a abrir outros caminhos que não tínhamos pensado antes”, comenta.
Por fim, Almeida salienta que outra dica é testar e se divertir com as ferramentas disponíveis e, dessa maneira, explorar todas as possibilidades possíveis. “Além de lapidar seus prompts próprios, o diretor de arte pode explorar por aí possibilidades em portais que trazem outras camadas de detalhes para esses prompts”, diz.
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