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Comunicação

Michael Roth: “Investimento está esquizofrênico”

Michael Roth, CEO e chairman do IPG, afirma que clientes continuam investindo em áreas como health, relações públicas e dados; holding reportou alta de 0,8% no primeiro trimestre


22 de abril de 2020 - 15h40

Por Lindsay Rittenhouse, do Ad Age

Michael Roth, CEO e chairman do IPG: “omo viram em algumas de nossas agências e, lamentavelmente voltarão a ver, para alinhar os custos com a nova realidade em termos de receita, reduções na equipe serão inevitáveis diante das pressões que quase todo negócio está enfrentando” (Crédito: Patrick Butler)

O Interpublic reportou nesta quarta-feira, 22, crescimento orgânico de 0,3% no primeiro trimestre de 2020. Em contrapartida, a holding apresentou recuo de 1,6% na receita líquida de US$ 1,87 bilhões ante os US$ 2 bilhões atingidos no mesmo trimestre no ano passado.

“Dada a duração e dimensão incertas da pressão macroeconômica, assim como sobre como será o ritmo de uma eventual recuperação, questões sobre previsões e segmentações são difíceis de serem respondidas e quantificadas. Com certeza, esperamos um segundo trimestre muito difícil, depois do qual deveremos ter uma luz maior na visão para o ano cheio”, disse Michael Roth, chairman e CEO do IPG, durante o call sobre o relatório financeiro.

Sobre as medidas de cortes de custo adotadas pelo IPG em resposta à crise provocada pela pandemia, Roth explicou que, pela complexidade do portfólio da companhia, não existe uma solução única a ser aplicada a todas as agências do grupo. Algumas agências do grupo reduziram os salários em 25% de toda a equipe.

“Estamos, é claro, fazendo o que podemos para minimizar o impacto sobre as pessoas. Mas, como viram em algumas de nossas agências e lamentavelmente voltarão a ver, para alinhar os custos com a nova realidade em termos de receita, reduções na equipe serão inevitáveis diante das pressões que quase todo negócio está enfrentando”. Segundo Roth, as reduções na equipe ocorrerão em áreas que lidam com clientes dos setores de varejo, hospitalidade e eventos. De acordo com o Ad Age, McCann Worldgroup e MullenLowe já efetuaram cortes.

Roth descreveu como “esquizofrênicos” os investimentos dos clientes hoje, porque estão indo e voltando atrás. Durante a pandemia, os anunciantes continuaram a investir em health, tecnologia, nova economia, relações públicas e first-party data (por meio da Acxiom).

Nos EUA, a holding teve crescimento orgânico de 0,8%, índice que fica atrás dos 5,7% reportados no primeiro trimestre de 2019. No entanto, a companhia afirma que as agências MullenLowe, FCB Health, Hill Holliday, Carmichael Lynch e Tierney tiveram desempenhos sólidos no começo deste ano.

*Crédito da imagem no topo: Divulgação

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