Karina Ribeiro será CEO da VML a partir de 2024

Isabella Lessa
14 de dezembro de 2023 - 10h30

Nota atualizada às 11h08

Karina Ribeiro, CEO da VML a partir de 2024 (Crédito: Divulgação)

A nova VML, resultado da fusão entre VMLY&R e Wunderman Thompson, tem comando definido: Karina Ribeiro assume como CEO da agência, que passa a operar de forma unificada a partir de janeiro de 2024. Desde 2018, a executiva respondia como chief marketing officer & new business leader da Ogilvy Brasil.

Ela se reportará a Stefano Zunino, que, além de country manager do WPP, passa também a responder como CEO do grupo VML no País, que abrange, além da agência principal, as empresas Corebiz, Enext, iCherry, Marketdata, Mirum, Mutato, Pmweb, VML Commerce e VML Health.

Marcos Quintela, chairman da rede VML, permanece na função com a missão de ajudar as lideranças em decisões estratégicas de negócios; assim como Sleyman Khodor, que segue na posição de CCO.

Com a mudança, Pedro Reiss, que respondia como CEO da Wunderman Thompson, deixa a empresa. Fernando Taralli, que hoje responde como CEO da VMLY&R, deve assumir um cargo na WPP Latam e coordenar alguns clientes na região.

Sob construção

Karina conta que as conversas sobre assumir a posição de CEO da VML tiveram início há 45 dias. De lá para cá, alguns pontos foram sedimentados, como os mencionados acima, porém muitos ainda deverão adentrar 2024 em aberto, como as definições sobre os cargos em duplicidade.

Em um primeiro momento, as equipes da Wunderman Thompson e da VMLY&R deverão permanecer nas respectivas sedes e não há, até o momento, uma data para a unificação dos times em um único endereço. Há no horizonte, contudo, a perspectiva de a VML migrar, assim como as demais agências do WPP, para o campus que a holding está construindo no bairro da Vila Leopoldina, em São Paulo. O espaço deve começar a ser habitado no primeiro trimestre de 2025.

“As duas agências têm números grandes e, até a segunda ordem, essas duas sedes se mantêm. Temos nosso projeto do campus WPP. A gente começa o ano com o lançamento da VML, que é a união de duas agências com seus próprios clientes e ferramentas. A ideia aqui é a gente somar tudo o que a gente tem de talento e de clientes”, afirma a CEO.

Trajetória pregressa

Karina construiu sua trajetória na Ogilvy há 18 anos como diretora regional de contas. Permaneceu na posição por sete anos e, em 2012, assumiu como managing director da David, agência-irmã da Ogilvy. Saiu de lá em 2016 como diretora executiva para assumir a mesma função na Ogilvy. E, desde 2018, responde como chefe de marketing e comanda os novos negócios da agência que tem à frente Fernando Musa, CEO do Grupo Ogilvy no Brasil e chairman da David.

“Tudo que aprendi sobre publicidade e todas as relações que criei foram na Ogilvy. Há muitos anos trabalho com Stefano e, globalmente, com toda holding. De fato, parte do meu tempo vinha sendo dedicada ao grupo. Depois do convite do Stefano, estive com Jon Cook e a gente se conectou. Tudo que ele espera desta nova agência faz muito sentido para mim”, diz a executiva.

Anúncio repentino

A fusão global entre as duas maiores redes foi anunciada em 17 de outubro — o que tomou de surpresa praticamente todos os líderes das operações locais de VMLY&R e Wunderman Thompson — e passa a valer, no mundo todo, a partir do ano que vem.

Desde então, as tratativas sobre a definição dos cargos no País foram conduzidas por um grupo seleto de executivos globais do WPP, com o intuito de evitar vazamentos que pudessem provocar danos às ações negociadas na bolsa. 

Se globalmente a fusão representa o maior movimento de consolidação de empresas no mercado de agências de publicidade dos últimos anos — pois envolve 30 mil funcionários em 64 países, 17 mil da Wunderman Thompson e 13 mil da VMLY&R — o mesmo teor vale para o mercado nacional.

Por aqui, a VMLY&R é a sétima maior compradora de mídia do País, segundo o consolidado do Cenp-Meios de 2022, e é formada por uma equipe de cerca de 460 funcionários, de acordo com o levantamento Raio X, do especial Agências & Anunciantes, publicado em maio. Já a Wunderman Thompson aparece em 13º lugar no ranking e mantém um time de 530 pessoas.