Manu Gavassi: “Às vezes está tudo bem não ser criativo”
Dona da agência Cute But Psycho, a cantora e ex-BBB avalia o poder das narrativas na música e na publicidade, e analisa que é preciso respeitar seu próprio tempo de ser criativo
Manu Gavassi: “Às vezes está tudo bem não ser criativo”
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Amanda Schnaider
27 de julho de 2020 - 6h00
Cantora, compositora, atriz, influenciadora, ex-BBB, empreendedora, diretora criativa e roteirista. Com atuação em tantas vertentes, Manoela Gavassi – conhecida como Manu Gavassi – também estruturou um trabalho na área de publicidade. No fim de 2019, fundou a agência criativa Cute But Psycho Agency, ao lado de Andressa Marguet, planner e atendimento, e Fernando D’Araújo, diretor de arte.
A agência, que já realizou trabalhos para marcas como Tanqueray, Revolve, Sallve, LIVO e MAC, leva o mesmo nome de seu EP, lançado em 201,8 e segue os mesmos princípios criativos que Manu usou para divulgá-lo em suas redes sociais: por meio de narrativas. “A agência nasceu dessa minha vontade de contar histórias, de entender que minha graça está em contar histórias, seja através da moda, da música, das minhas letras, dos meus roteiros e projetos”, explica a artista.
“Não só na agência, mas eu como pessoa, quando me associo com qualquer marca, vejo se ela tem os mesmos princípios que eu”, diz Manu Gavassi (Crédito: Reprodução)
Ainda seguindo essa linha criativa de storytelling, durante sua participação no Big Brother Brasil 20, Manu usou a narrativa transmídia (aquela que se desenrola por meio de múltiplos canais de mídia que se complementam) para divulgar conteúdos em suas redes sociais que fizessem sentido com o que estava acontecendo com ela dentro da casa. “Tinha vídeo, foto, stories, música, tudo funcionou de uma maneira muito 360. E meio que fui aprendendo fazendo, não segui nenhuma fórmula, não me inspirei em nenhum lugar, deixei a minha mente criar”, conta
https://www.instagram.com/p/B7mUqibAaWG/
Apesar da criatividade fazer parte de sua rotina na maior parte do tempo, durante a pandemia Manu revela que tirou um tempo para si mesma, que buscou se reconectar consigo mesma para, então, voltar a criar. “A chave é você ter paciência com você mesma. Estamos passando por um turbilhão de emoções e tem muita ansiedade e muito medo envolvido nisso. Precisamos nos respeitar, respeitar o nosso processo e entender que as vezes está tudo bem não ser criativo”.
Em entrevista ao Meio & Mensagem, Manu conta como foi o processo de criação de sua agência, sua experiência e aprendizados retirados de sua participação no BBB 20 e fala sobre criatividade neste período de isolamento social.
Meio & Mensagem – No fim de 2019, você, em parceria com Andressa Marguet e Fernando D’Araújo, criou a agência Cute But Psycho Agency, que leva o mesmo nome do seu EP lançado um pouco antes, em 2018. Quando a Manu cantora virou a Manu empreendedora?
M&M – Como você descreveria a Cute But Psycho Agency?
Manu – A agência nasceu dessa minha vontade de contar histórias, de entender que minha graça está em contar histórias, seja através da moda, da música, das minhas letras, dos meus roteiros e projetos. Então, o diferencial e o porquê da agência existir é isso de acreditar em narrativas como uma forma muito mais poderosa de fazer o público entender aquela marca, ou aquela história, aquele clipe, aquela música, seja o que for que você está querendo vender. Acredito muito na narrativa como forma de vender qualquer coisa, seja na música ou na publicidade. É isso, é essa força que a gente descobriu de uma história bem contada.
M&M – Atualmente a agência realiza trabalhos para marcas como Tanqueray, Revolve, Sallve, LIVO e MAC. Quais formatos produz?
M&M – Quais princípios você segue para trabalhar com uma marca?
Manu – Não só na agência, mas também como pessoa, quando me associo com qualquer marca, vejo se ela tem os mesmos princípios que eu. Se qualquer coisa ali me fere, logo não trabalho com a marca, não me vendo. Isso é uma política que tenho comigo mesma já faz um tempo e que, agora, ficou até mais forte, porque tenho mais oportunidade de trabalhar com mais marcas, tenho mais procura, mas continuo seguindo os meus princípios. Se aquela marca faz qualquer coisa que não tem a ver comigo, não vou me associar, não me sinto bem, porque para mim está tudo muito ligado. Trabalho da mesma maneira na agência, só com marcas que tenham princípios e ideais que acredito, que compactuo.
M&M – Durante sua estadia no Big Brother Brasil 20 você utilizou seu Instagram para produzir uma narrativa independente e complementar a situações que estava vivendo dentro da casa. De onde surgiu essa ideia e como foi a processo de produção dessa narrativa? Teve alguma referência?
Manu – Nunca imaginei que ia conseguir fazer aqueles vídeos enquanto estivesse no Big Brother, fazer essa realidade paralela dos vídeos que deixei, do retiro espiritual, brincando com isso. Tinha vídeo, foto, stories, música, tudo funcionou de uma maneira muito 360. E, meio que fui aprendendo fazendo: não segui nenhuma fórmula, não me inspirei em nenhum lugar, deixei a minha mente criar. Acho que muitas vezes a gente não acredita na nossa própria ideia, questionamos se aquilo é bom. Eu pensei: ‘ninguém nunca fez isso, então eu vou fazer’. Foi um momento de acreditar mais em mim e nas minhas ideias. Acredito que tenha sido uma ideia nova, porque eu realmente nunca vi ninguém fazendo isso. É o momento da gente realmente pensar em ousar mais, em criar mais, em ser o primeiro a dar o passo.
BBB 20: recorde de marcas e de engajamento
M&M – Com a pandemia, os shows presenciais tiveram que ser cancelados ou adiados. Como isso afetou a sua carreira de cantora? Está apostando nas lives e na produção e composição de músicas novas?
Manu – O principal choque para mim foi esse lance de não ter o contato pessoalmente com pessoas que acompanham muito meu trabalho e com as pessoas que passaram a acompanhar meu trabalho depois disso, que foi muita gente. Esperava muito esse contato, queria muito conhecer essas pessoas e ter essa troca dessa maneira. Só que aprendi a ser grata também pelas lives, que foi a maneira que encontrei de me mostrar e de trocar com essas pessoas, mesmo que digitalmente. Trabalhava pontualmente com a música, não era uma cantora que tinha uma agenda de shows o ano inteiro. Marcava 10, 15 shows, fazia esses shows, depois ia fazer outras coisas. Então, isso não afetou tanto o meu ano. Agora estou quebrando a cabeça, pensando em maneiras diferentes e encantadoras de fazer música. Então, quando me sentir confortável para fazer música nova, voltar para estúdio, vou pensar em uma maneira de lançar, de entregar isso ao público e de fazer as pessoas participarem. Acredito que ainda vamos ficar um tempo nessa fase, prezando a nossa segurança.
M&M – A quarentena vem mexendo com o processo criativo de diversos artistas. Como está lidando com isso? Tem utilizado mais seu tempo para criar?
**Crédito da imagem no topo: Reprodução
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