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Comunicação

Modelo de sociedade aberta ganha espaço nas agências

Empresas como Africa Creative, Galeria e Jotacom expandem quadro societário como forma de reter e reconhecer talentos


18 de maio de 2023 - 11h10

Agências apostam em sistema societários

Os executivos que se tornam sócios da operação na Jotacom: André Silva, Gabriela Siqueira, Rafael Romero, Ausra Sliesoraitis, Brunno Maceno, Fernando Simões, Jordana Bidin, Luiz Felipe Barrella, Raissa Palamarczuk, Mariane Cunha, Rodrigo Froldi e Thiago Sheer (Crédito: Divulgação)

Atração e retenção de talentos vem sendo uma das questões prioritárias das agências há algum tempo. Há diversas maneiras de endereçar tanto o quesito atratividade quanto o de preservação de profissionais. Um deles, ainda pouco comum no mercado publicitário, vem sendo adotado por algumas empresas: o da sociedade aberta.

Na semana passada, a Jotacom anunciou a mudança em sua estrutura societária. Além de Jurgis Figueiredo, fundador e CEO; João Passarinho Netto, vice-presidente de estratégia criativa; Fábio Mello, vice-presidente de execução criativa; Renato Vasques, diretor de criação; e Jaderson Alencar, vice-presidente de novos negócios e planejamento; se tornam sócios outros 12 profissionais da agência. “Após fazermos mapeamento preliminar, decidimos aumentar o número de sócios e convidar algumas pessoas para fazer parte das decisões da empresa”, explica Figueiredo.

Os novos sócios, que mantêm as respectivas funções executivas, são diretores de diversas áreas da operação, como planejamento, conteúdo e BI. Com o movimento, a cada mês, a nova composição societária se reúne para alinhamento de estratégias globais.

Além de alavancar os heads escolhidos, a Jotacom tem apostado nos cargos de gerência, internamente chamados de “Rising Stars”. Esse grupo corresponde, aproximadamente, a 15% da agência. “Temos uma política diferenciada com alguns talentos que enxergamos que possuem maior engajamento com nossa cultura”, comenta o CEO. Para Figueiredo, quando um novo profissional entra na agência, é possível entender os tipos de perfis de cada um. “Quando falamos de iniciantes no mercado de trabalho, temos aquelas pessoas que chegam querendo ganhar e aquelas que estão dispostas a aprender”, diz.

Modelo de negócios

Antes de a Jotacom anunciar o modelo de sociedade expandida, outras agências adotaram essa estratégia, como a Galeria. “Essas novidades refletem o nosso jeito de pensar”, afirma Eduardo Simon, CEO da Galeria, sobre o modelo em sociedade aplicado pela agência. Em 2021, quando a agência foi criada, a oferta de sociedade englobou parte da equipe, além dos quatro fundadores (Simon, Paulo Ilha, Pedro Cruz e Rafael Urenha). Segundo Simon, esse é um caminho tanto para a retenção de talentos, que ele julga ser o maior desafio do mercado publicitário, quanto para a renovação contínua do negócio.

Por outro lado, a Africa, recentemente rebatizada como Africa Creative, vem passando por mudanças estruturais na operação e uma das intenções nesta nova fase é abrir espaço para funcionários se tornarem sócios da agência ao lado dos copresidentes e Marcio Santoro e Sérgio Gordilho.

Turnover nas agências

Durante a pandemia, o CEO da Jotacom notou que a busca por funcionários qualificados na empresa aumentou drasticamente. “Dentro do nosso primeiro escalão, por exemplo, chegamos a perder três funcionários para marcas”, relembra. Mas esse cenário não ficou restrito ao mercado publicitário: em 2022, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) colocou Brasil como País com maior índice de turnover do mundo.

O Brasil registrou 56% de aumento no turnover, índice maior do que o registrado por países europeus, como Reino Unido (43%), França (51%) e Bélgica (45%). Além disso, o número de saídas voluntárias no País, em comparação ao índice de demissões, passou de 33% para 48%.

 

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