Em manifesto, Mooc expande atuação para além da diversidade
Em novo posicionamento, hub de criativos quer trabalhar narrativas além da inclusão
Em manifesto, Mooc expande atuação para além da diversidade
BuscarEm manifesto, Mooc expande atuação para além da diversidade
BuscarEm novo posicionamento, hub de criativos quer trabalhar narrativas além da inclusão
Thaís Monteiro
20 de fevereiro de 2019 - 6h15
Prestes a comemorar seus três anos, o Mooc (sigla para Movimento Observador Criativo) lança um novo posicionamento, reconhecendo a si como time de diretores criativos e deixando de usar a palavra “coletivo” junto ao nome. A intenção é ampliar os serviços que realizam para além de consultoria e cocriação sobre campanhas e ações relacionadas a negritude, representatividade e diversidade.
“O mercado trazia muito o Mooc para falar de diversidade. Acho que o que nós estamos começando a contar é a perspectiva de oito jovens negros sobre assuntos variados. E diversidade realmente é tudo, não é uma caixinha. É a nossa perspectiva sobre o que é falar num filme de carros importados, carros de luxo. Queremos começar a explorar essas novas narrativas”, explica Levis Novaes, connector, strategy e researcher do grupo, que atualmente faz parte da Conspiração Filmes.
Foram três grupos que deram origem ao Mooc: o Catsu Street (Catarina Martins, Lídia Thays e Suyane Ynaya), projeto de moda e street style; o Outro Planet (Raphael Fidelis e Louis Rodrigues), que faz a produção musical de festas; e o Future Gang, portal sobre lifestyle, moda e indústria fonográfica (Kevin David e Vinni Tex), Aimée Regina e Levis Novaes. Nesses três anos, o time fez projetos com Skol, Avon, Faber-Castell, Zaxy, Converse, Levis e outros.
“Parte de tentar fazer o mercado mais inclusivo já foi feita. Nós entregamos isso nesses três anos. Agora estamos caminhando para o momento de naturalizar nossa existência. Queremos ser respeitados como corpos negros dentro desse mercado e fazer cada vez mais coisas que até então não estavam dentro da nossa realidade”, coloca Kevin David, diretor criativo, gerente de projetos e curador. Segundo ele, os últimos três anos em que estiveram nas produtoras Corazon Filmes e Conspiração Filmes foram úteis para profissionalizar seus serviços e ter uma entrega regular.
Para Raphael Fidelis, diretor criativo e A&R, a forma como o mercado entende um coletivo de certa forma limita as possibilidades de soluções criativas que o Mooc pode realizar enquanto time de profissionais de criação, arte, produção audiovisual e outros. Vinni Tex, diretor de arte e designer do Mooc, explica que a ideia é “colocar uma semente nova de como pode vir uma espécie de empresa que lida com arte, tecnologia, design e todas essas ferramentas de forma natural, com pensamento semiótico”.
Na nova dinâmica, todos continuarão em suas funções e realizando entregas pessoais e coletivas em um modelo horizontal e sem hierarquia. “Todos têm a sua voz, opinião e sua energia e todo mundo tá colaborando com um propósito maior. Estamos tentando consolidar um modelo de negócio horizontal e que pode atender várias áreas”, descreve Louis Rodrigues, diretor criativo, diretor de cena, fotógrafo e DJ.
Ao atender várias áreas, o grupo também tem como missão trazer mais colaboradores para os novos projetos. “Nós viemos de periferia e de lugares e a gente conseguiu vencer essa barreira dentro do mercado. Um dos nossos maiores propósitos é criar mecanismos para gerar mais acessibilidade para pessoas como a gente e diferentes da gente também”, conta Lídia Thays, diretora criativa, fashion designer, coolhunter e cantora.Para celebrar os três anos, o hub de criatividade realiza uma festa em São Paulo no sábado, 23, que contará com a presença de ativações de marcas como a Levis, Budweiser e Faber-Castell. No evento, será divulgado o novo manifesto do Mooc com a Converse, que é o maior apoiador do grupo desde seu início. O grupo também lançara uma tiragem limitada de roupas do Mooc criadas com a Ahlma.
Confira o vídeo-teaser do novo posicionamento:
**Crédito da imagem no topo: Reprodução/Mooc
Compartilhe
Veja também
Quem explica o torcedor brasileiro? Betano celebra o futebol em campanha
Patrocinadora do Campeonato Brasileiro destaca a paixão da torcida e anuncia nova edição da Casa Brasileirão Betano para 2025
Como o acordo entre Omnicom e IPG depende de dados e automação
A aquisição é vista como uma forma de ganhar mais força e tamanho em um cenário de mídia em constante mudança