Netflix recorre, mas Conar mantém punição por anúncio
Veiculada no ano passado em elevadores de prédios comerciais, peça fazia brincadeira ao mencionar a possibilidade de “roubar wi-fi do vizinho” para maratonar séries
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Bárbara Sacchitiello
18 de março de 2019 - 12h19
Em dezembro de 2018, um anúncio feito pela Netflix foi parar na reunião do Conselho de Ética do Conar. A peça em questão havia sido veiculada em monitores de elevadores residenciais, em prédios da cidade de São Paulo, e fazia uma brincadeira para convidar o público a acompanhar as opções de séries da plataforma. “Hoje é dia de roubar o wi-fi do vizinho para maratonar”, dizia o anúncio.
Por considerar que aquela mensagem incitava um ato ilegal, um consumidor fez uma denúncia ao Conar, que abriu processo para analisar a peça. Como defesa, a Netflix apresentou o argumento de que a linguagem do anúncio tinha “óbvio bom humor” e não uma incitação a qualquer irregularidade. Apesar disso, o Conselho de Ética acabou concordando com o argumento do consumidor, determinando a sustação do anúncio.A Netflix, no entanto, não se conformou com a decisão e recorreu novamente no processo, apresentando novos argumentos ao Conselho de Ética. Tal prática é prevista no regulamento do Conar após a primeira sentença dada aos casos (primeira instância). Assim, o Conselho de Ética voltou a avaliar o anúncio em reunião realizada na semana passada, em São Paulo.
Apesar da tentativa, o argumento da Netflix não foi capaz de mudar a avaliação dos membros do conselho, que mantiveram a mesma sentença anterior: a sustação do anúncio. Dessa maneira, a plataforma de streaming não pode voltar a exibir o anúncio nos monitores de elevadores ou em qualquer outra tela.
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