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Comunicação

No primeiro semestre, receita do WPP recua 3,6%

Diante do desempenho, atribuído a pressões macroeconômicas e desaceleração dos negócios na China, holding prevê queda de até -1% na receita orgânica anual de 2024


7 de agosto de 2024 - 15h04

Mark Read, CEO do WPP: circunstâncias macroeconômicas obrigam holding a adotar expectativas mais moderadas para 2024 (Crédito: Arthur Nobre)

Nesta quarta-feira, 7, o WPP reportou queda de -3,6% na receita orgânica no primeiro semestre. Diante do resultado, a holding reajusta para baixo a previsão anual: agora, a expectativa é que a receita orgânica se mantenha inalterada ou apresente recuo de 1%.

O relatório apresentado pela holding atribui o resultado da primeira metade do ano a pressões macroeconômicas e instabilidade dos negócios no mercado chinês, que apresentou declínio de 24,2% no segundo trimestre.

Nesse período, a receita orgânica do WPP como um todo retrocedeu 0,5%. A Índia obteve desempenho positivo, com alta de 9% na receita orgânica. A América do Norte cresceu 2% e a Europa Continental, 0,3%. Já o Reino Unido recuou 5,3%, enquanto as regiões que o grupo classifica como “resto do mundo” (o que inclui o Brasil), a queda foi de 2,2%.

O GroupM, operação de mídia do grupo que costuma se destacar nos relatórios financeiros do grupo – porém, com menor força nos levantamentos mais recentes – cresceu 1,4% em receita orgânica no segundo trimestre. As agências globais integradas recuaram 0,6%, enquanto as agências criativas integradas apresentaram queda de 2,4%.

Os dez principais clientes do WPP, porém, cresceram 2,5%, com destaque para os setores de bens de consumo e automotivo. O segmento de tecnologia, que no primeiro trimestre recuou 9%, apresentou queda de 1%, o que denota estabilização, apontou a companhia.

Na primeira metade do ano, o WPP atingiu US$ 1,7 bilhões em novos negócios, com a ampliação em clientes já existentes, como Colgate-Palmolive e J&J.

Mark Read, CEO do WPP, ressaltou a recuperação da América do Norte no segundo trimestre, mas admitiu que a pressão sobre a China, somada ao cenário macroeconômico, obrigou a holding a adotar previsões anuais mais moderadas.

Além das consolidações que o grupo promoveu nos últimos meses, como as fusões que deram origem à VML e à Burson, a holding simplificou a operação do GroupM, que recentemente mudou de comando.

Também nesta quarta, 7, o WPP comunicou que chegou a um acordo para a venda de sua participação majoritária na FGS Global para a Kite Bidco Inc, entidade controlada pelo fundo de investimentos Kohlberg Kravis Roberts & Co. (KKR), que havia se tornado acionista minoritária da FGS, focada em comunicação estratégica e consultoria, em junho de 2023.

Read afirmou que a transação oferece maior flexibilidade financeira ao WPP, à medida que o grupo se concentra em crescer seu core business por meio de operações como Burson e Ogilvy Public Relations.

Outras holdings

A postura cautelosa do WPP diante do desempenho mais modesto no primeiro semestre cria um terreno mais favorável para Arthur Sadoun. Afinal, em julho, o CEO e chairman do Publicis Groupe declarou que espera ultrapassar o WPP em receita, historicamente a maior holding de comunicação global.

No primeiro semestre deste ano, a receita orgânica da holding francesa cresceu 5,4%. Ao contrário do WPP, o grupo reajustou a previsão de crescimento orgânico anual para cima: a expectativa é de crescer 4% ou 5%.

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