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Comunicação

Nos EUA, agências devem perder 35 mil postos de trabalho

Relatório da Forrester aponta queda de 49 mil empregos no mercado global de agências, considerando as sete maiores holdings


4 de junho de 2020 - 15h24

(Crédito: Aleksandar Nakic/iStock)

As agencias norte-americanas devem perder 35 mil postos de trabalho em 2020 e outros 16 mil em 2021, afirma um relatório da Forrester, levando a uma migração de talentos para outros setores e uma adoção maior de soluções de automação.

A recessão terá um impacto desigual em diferentes tipos de agências, diz o levantamento. Demissões em agências de publicidade têm sido mais severas, onde as operações perderam cerca de 15% de suas equipes. Em agências digitais e de compra de mídia, o número é menor, beirando os 7%. Isso “apontará uma aceleração estrutural em mudanças nas agências e trará novos níveis de integração, desmantelando os canais de especialidade que tradicionalmente dividiram as barreiras entre agências criativas, de mídia e de digital”, afirma o relatório.

“É uma previsão certamente triste para as agências”, afirma Jay Pattisal, analista da Forrester e autor do relatório. “Estamos olhando para um crescimento negativo de dois anos, período em que veremos a queda nos investimentos de marketing e dos serviços de agências, o que resultará em uma queda na força de trabalho”.

As agências de relações públicas também terão cortes. Nessa terça-feira, 2, a Edelman demitiu aproximadamente 390 pessoas. Segundo um e-mail interno divulgado entre os funcionários da agência, as reduções representam cerca de 7% da força de trabalho global da Edelman.

Segundo o relatório da Forrester, mais de uma dezena de agências e ad techs apresentaram redução em suas equipes, começando em março. As perdas globais ultrapassarão, ainda, os números dos EUA. As sete maiores holdings de agência irão eliminar 49 mil empregos globalmente.

O relatório também afirma que as agências não retornarão aos níveis pré-pandemia, e que CMOs precisarão ajustar suas necessidades a recursos mais escassos de seus parceiros de publicidade.

“A redução dramática de uma das fontes mais importantes para um CMO coloca em risco a habilidade do executivo para navegar por desafios novos e complexos durante a pandemia e arrisca, ainda, a habilidade de fazer com que os escritórios voltem a ter crescimento na recuperação da pandemia”, afirma o relatório.

CMOs terão “agências menores e menos opções”, para acionar, afirma Pattisal, e deverão buscar em soluções tecnológicas para insights e métricas. “Certamente não estou falando sobre trocar pessoas por tecnologia, mas usar máquinas para ajudar as agências e o talento forte que ainda existe nelas”, afirma.

*Crédito da imagem no topo: DKosig/iStock

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