O que é a Rain, IA que promete ser assistência criativa automatizada?
Plataforma criada por Domenico Massareto pretende ajudar empresas nos processos de brainstorm de ideias originais
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Amanda Schnaider
19 de julho de 2022 - 6h00
Conforme noticiado por Meio & Mensagem, Domenico Massareto se desligará da Publicis Brasil no final de julho, onde responde como chief creative officer há seis anos, para se dedicar à Rain, uma startup de “criatividade aumentada”. A creative tech utiliza a inteligência artificial para ajudar os profissionais e empresas nos processos de brainstorm de ideias originais.
Mas o que isso quer dizer? Significa que por meio de uma plataforma proprietária única movida à inteligência artificial que detém conhecimentos de todas disciplinas de comunicação, a Rain tem o objetivo de ajudar os anunciantes, publishers e agências a acelerar a capacidade criativa de suas equipes.
Massareto explica que a plataforma funciona como uma assistente de voz que pode ser usada por voz ou por texto. “Ela [Rain] usa um tipo de inteligência artificial que é o processamento de linguagem natural. Isso significa que a interface dela é de conversa”, completa. Dessa forma, o criativo joga um questionamento para a máquina, que devolve uma solução para essa pergunta. “A Rain é como se fosse uma máquina de brainstorming. Você dá inputs e ela te devolve insights e ideias baseadas no conhecimento que ela tem de disciplinas de comunicação e do briefing que foi determinado para aquele usuário”, enfatiza Massareto, sócio-fundador da startup e responsável pelo desenho original do algoritmo da plataforma.
A Rain nasceu de duas forças, explica o sócio-fundador. A primeira delas foi a interseção de dois campos de conhecimento que Massareto estava explorando: a criatividade e a tecnologia. “A conversa de inteligência artificial e como essa tecnologia vem impactando várias indústrias veio se esquentando e para mim era um movimento natural imaginar que isso também vai impactar o marketing, a comunicação e a vida de agências”, comenta o criativo. Vale lembrar que além de ser chefe de criação do Grupo Publicis Brasil e de ter fundado a agência digital ID (hoje ID\TBWA) ao lado de Igor Puga (atual diretor de marketing e marca do Santander), Massareto também tem um background de programador, quando atuou por um ano, de 1995 a 1996, como desenvolvedor multimídia na Apple Brasil.
A segunda força nasceu de uma necessidade própria de aumentar a produtividade do seu time criativo, na época da ID, da necessidade de usar essa ferramenta no seu próprio trabalho. “Ainda não lançamos a Rain comercialmente, mas em algumas ocasiões eu fiz esse teste de fazer com que meu time trabalhasse com o auxílio da plataforma e pudesse acelerar o processo criativo”, salienta.
A plataforma não foi lançada ainda, justamente porque está no momento de captação de recursos. É aí que entra Pyr Marcondes. Massareto convidou Pyr como sócio, que, por meio de sua holding de startups, a Macuco Tech Ventures, está ajudando na captação de investimentos. A previsão é de que a startup seja lançada oficialmente ainda no segundo semestre deste ano.
“Essa é uma daquelas plataformas que não tem fim, estará sempre em desenvolvimento, porque o conhecimento é infinito. Então, vai demandar sempre que tenhamos um olhar de atualização, de estarmos desenvolvendo algumas features novas para a plataforma, interações diferenciadas — tudo isso requer investimento”, diz Pyr. Além de ajudar na captação de recursos, Pyr enfatiza que a ideia é fechar algumas parcerias estratégias com empresas de tecnologia, por exemplo, para ajudar a Rain a crescer. “Já temos conversas abertas, já fizeram algumas apresentações e estamos no caminho para ir em busca desses recursos”, complementa.
Domenico Massareto deixa a Publicis
Máquina versus humanos
Com frequência o mercado questiona o papel dos dados e tecnologia na criatividade. Massareto entende que o papel da Rain é preencher um gap que existe na área de comunicação que é a inviabilidade de uma empresa contratar todo o tipo de especialista ou pagar uma pessoa que saiba tudo. “Quando estamos cocriando com a máquina, a máquina trazendo insights de outras disciplinas que ela tem o conhecimento algorítimo, essa colaboração entre a máquina e o humano ajuda o indivíduo a fechar esse gap de conhecimento”. Pyr entende que essa interação entre o humano e a máquina é sobre sinergias e complementariedade e não sobre exclusão ou substituição. “A tecnologia está aqui para nos ajudar”, ressalta o sócio da Rain.
Além de aumentar a capacidade produtiva criativa das pessoas, a plataforma de IA alivia um pouco da pressão pela entrega, de acordo com Massareto. “Num momento em que estamos discutindo a saúde mental no ambiente de trabalho, a ferramenta ajuda neste sentido também”, reforça. Para ele, essa visão colaborativa entre humanos e máquinas aponta para o futuro da função criativa. “A grande meta de curto prazo [da Rain] é provar que essa sinergia existe e que ela pode ser adotada por um mercado agora, no curto prazo”, salienta o sócio fundador.
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