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Comunicação

O que estaria por trás da saída de lideranças da AKQA

Depois da saída repentina de Ajaz Ahmed, fundador e CEO global, outras 11 lideranças decidiram encerrar suas trajetórias na agência


13 de janeiro de 2025 - 17h23

Por Lindsay Rittenhouse, do Ad Age

akqa

WPP teria transferido, sem explicações, contas recém-conquistadas pela AKQA para outras agências do grupo (Crédito: Divulgação)

Depois de 25 anos na AKQA, Erik Rogstad deixou o posto de managing partner da empresa.

Com isso, a rede de agências do grupo WPP soma 11 saídas de executivos desde a partida repentina da Ajaz Ahmed, fundador e CEO da AKQA, em outubro do ano passado.

No mesmo mês, Meio & Mensagem noticiou a saída de Luiza Baffa, managing director da operação de São Paulo. Ela assumiu, no início deste ano, o cargo de diretora global de operações criativas da On em Zurique, na Suíça.

Rogstad confirmou sua decisão por meio de um post no LinkedIn. “O post que eu nunca imaginei escrever: depois de 25 anos, estou oficialmente fora da AKQA”, escreveu. Na mesma publicação, ele agradeceu aos fundadores da agência, inclusive Ahmed. Ele comandava os escritórios da agência em Atlanta e em Washington desde 2012.

Além dele e Luiza, deixaram a AKQA os seguintes executivos: Ron Peterson, managing partner responsável pela rede no Reino Unido, Bélgica e Suécia, África e Oriente Médio; Johnny Budden, chief creative officer (CCO) global; Romain Lartigue, managing director para Europa Continental e Paris; Chris Henderson, managing director para Amsterdã; John Bernard, managing director de Londres; Liz Swanson, gereral manager de Londres; David Wedebrant, managing director da Suécia; Nic Camacho, managing director da MENA; e Sam Kelly, managing director e chief marketing officer (CMO) global.

Em dezembro, a AKQA anunciou uma reorganização global sob três P&Ls nas seguintes regiões: Américas, EMEA e APAC. Quem está à frente desses esforços é Stephan Pretorius, chair interino da AKQA e chief technology officer (CTO) do WPP. Ele já fez inclusive substituições a alguns dos executivos citados acima, como Henderson, que foi substituído por Hanna Shevell em Amsterdã, e Lartigue, substituído por Victor Davoine em Paris. A empresa está em busca de novos CEO, CTO e chief strategy officer (CSO) globais.

Ahmed tinha 21 anos quando fundou a AKQA, em 1994. Fontes ouvidas pelo Ad Age disseram que a decisão dele em deixar a companhia foi uma surpresa e a saída de muitos dos executivos mencionados se deram por conta da partida repentina do executivo britânico.

Outros 15 funcionários deixaram a AKQA São Paulo após a saída de Ahmed, e um ex-funcionário da agência disse que a agência tinha em torno de 75 pessoas antes dessas demissões.

“Anunciamos um novo comitê global e uma nova estrutura em dezembro do ano passado, junto da nomeação de três CEOs regionais e do novo modelo da AKQA. Não seria apropriado comentar as circunstâncias dessas saídas individuais, mas continuamos gratos às lideranças excepcionais que moldaram a AKQA e àqueles que continuam a impulsionar nosso sucesso”.

Embora o motivo da saída de Ahmed não esteja claro, diversos executivos afirmaram que, ao longo do ano passado, o WPP fez movimentos progressivos para mudar aspectos das operações da AKQA, como a aparição da agência durante oportunidades junto a clientes.

“Os times estão sendo orientados a ‘não contar para o cliente que são da AKQA, a deixar o nome da marca na porta’ em quase toda oportunidade que o WPP tem junto a um cliente”, declarou um ex-funcionário da agência.

De acordo com outra fonte ouvida pelo Ad Age, executivos de atendimento do WPP estariam supervisionando clientes da AKQA. “Há uma pressão muito maior dos global client leads em liderar as relações com os clientes. Uma vez que há um executivo desse posicionado, o que acontece é que os interesses dele se distanciam de um entendimento genuíno do pedido original do cliente”.

Um outro executivo disse, ainda, que o WPP transferiu contas conquistadas pela AKQA para outra agência sem dar qualquer explicação, o que teria frustrado Ahmed e outras lideranças.

O WPP vem realizando mudanças estruturais em suas agências pelos últimos anos, o que incluiu algumas fusões, como a que deu origem à VML. Hoje, além da rede, a holding tem outras cinco marcas principais: AKQA, Ogilvy, Hogarth, GroupM e Burson.

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