Thomas, chairman de Cannes: “Indústria, queremos sua ajuda”
Festival quer evitar restituições para edição que foi cancelada este ano e pede ao mercado que transfiram seus passes para 2021
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Philip Thomas, chairman do Cannes Lions: “Muita gente que pode ir à Cannes, nossos delegados, vêm de empresas muito grandes, bilionárias. São muito maiores do que a gente” (Crédito: Divulgação)
O Festival Internacional de Criatividade de Cannes não vai restituir as empresas que participariam do evento em 2020, ou pelo menos os organizadores estão tentando evitar isso, diz o chairman Philip Thomas.
“Muita gente que pode ir à Cannes, nossos delegados, vêm de empresas muito grandes, bilionárias. São muito maiores do que a gente. Fomos muito atingidos este ano. Embora a gente entenda que os negócios estão passando por dificuldades, estamos pedindo às pessoas que transfiram seus passes para 2021”.
Thomas disse que o evento vai poder mudar os nomes nos passes e que o staff e os fornecedores estão a postos para dar suporte. Alguns funcionários foram demitidos, mas o executivo não quis revelar quantos.
Isso posto, Thomas acrescenta que não quer colocar ninguém em dificuldade, mas que irá conversar com aqueles que desejarem a restituição.
“Quero somente dizer à indústria: realmente queremos sua ajuda para passar por isso”, afirma.
Na semana passada, a Ascential tomou a decisão de cancelar o Cannes Lions, que antes havia sido adiado para outubro. Como resultado, a próxima edição do festival acontecerá dos dias 21 a 25 de junho de 2021. A decisão foi anunciada logo após a especulação sobre holdings revendo suas participações – WPP, Omnicom e a independente Wieden + Kennedy tinham desistido de ir.
Um porta-voz do festival disse, em comunicado, que aqueles com passes receberão créditos equivalentes ao valor pago para serem aplicados no ano que vem. “Os delegados não precisam tomar providências, os passes serão transferidos para 2021 automaticamente. Caso um detentor de passe não consiga ir em 2021 e queira que outra pessoa fique com seu passe, então permitiremos a mudança de nome sem custos adicionais”.
O comunicado não especificou, no entanto, se as pessoas que não queiram ir no ano que vem poderão ser ressarcidas. Com base nos comentários de Thomas, a organização quer evitar as restituições o máximo possível.
Em um episódio recente do Ad Age Remotely, Bill Koenigsberg, CEO da Horizon Media, comentou que ficou surpreso com a notícia de que Cannes não fará restituições. “Acho que eles precisam fazê-las”.
A pandemia golpeou as agências: anunciantes pausando o marketing, eventos sendo cancelados, clientes atrasando pagamentos. Ainda assim, o Cannes Lions e sua empresa-mãe, a Ascential, também enfrentam pressões.
De acordo com estimativas do Ad Age Datacenter, a Ascential gerou receita de US$ 174 milhões em 2019, ou um terço da receita total de seu segmento de marketing, que inclui os prêmios do Cannes Lions, a empresa de dados Warc e a MediaLink, consultoria estratégica.
Greg Paull, cofundador e diretor da R3 estima que as holdings investem entre US$ 20 e US$ 30 milhões anuais no festival – “levando em conta voos, hotéis e todos aqueles coquetéis na Croisette”.
Com informações do Advertising Age
*Crédito da imagem no topo: Celina Filgueiras
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