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Hey Banksy, que tal subverter a propaganda?

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Ponto de vista

Hey Banksy, que tal subverter a propaganda?


11 de maio de 2011 - 4h05

 Recentemente, me deparei com essa célebre frase de Banksy, que vale uma reflexão: “The thing I hate the most about advertising is that it attracts all the bright, creative and ambitious young people, leaving us mainly with the slow and self-obsessed to become our artists. Modern art is a disaster area. Never in the field of human history has so much been used by so many to say so little.”
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Vou confessar que adoraria largar publicidade pra tentar fazer as coisas que o Banksy faz. Mas por outro lado, tenho uma certa preguiça desses desabafos que culpam a propaganda por tudo.

O irônico é que a subversão de Banksy me inspira a fazer publicidade. Não do jeito que era, mas do jeito que já começou a acontecer, e que tende a ser uma reação em cadeia.

Vemos campanhas de propaganda transformando-se em ações (BRASTEMP – SORRISOS), experiências (MINI GETAWAY), serviços (TWELP FORCE – BEST BUY), design de produto (FIAT MIO), entretenimento (GATORADE REPLAY) ou uma mistura de tudo isso. A tal da convergência. Até mesmo a mudar o mundo, a propaganda tem se proposto (PEPSI REFRESH).

O pensamento da contra-cultura liderada por caras como o Banksy, bem ou mal, pauta nosso pensamento na hora de criar pra internet, porque estamos buscando inovar e surpreender nosso público. Estamos correndo atrás, mas quando corremos, vamos com verba de mídia, alcance, frequência e junto com uma turma de várias dessas tais mentes brilhantes que o Banksy fala.

Calma lá. Propaganda continua não sendo arte nem substituindo nada. O meu ponto é outro, é que cada vez mais existe o espaço aberto pra propaganda patrocinar a arte. Parece subversivo? Talvez, mas não é novidade no mundo. As obras-prima do Michelangelo nasceram de um briefing do Vaticano. Dos sec. XV ao XXI artistas são pagos por alguém (mecenato, galerias, marchands, estúdios, gravadoras) e isso tem impulsionado a arte do mundo.

Que tal a publicidade promover a arte, contribuindo com abrangência e frequência? Ou mais, que tal convidar artistas para criarmos juntos projetos que não precisam ser chamados de “arte”, mas que podem provocar uma reflexão verdadeira na vida das pessoas?

Já está acontecendo (INTEL – Creators Project e BERLIN URBAN ART GUIDE, by ADIDAS), e dá pra ficar maior.

Fica aqui o convite pro Banksy, artistas, publicitários e profissionais de marketing. Let’s get together!

Philippe Bertrand é diretor de conteúdo da DM9DDB

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