Publicis Groupe prevê turbulências no primeiro trimestre
Queda de US$170,4 milhões em investimentos de clientes de bens de consumo devem afetar desempenho da holding neste começo de ano
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7 de fevereiro de 2019 - 11h02
Por Meg Graham, do Advertising Age
Em 2018, o Publicis Groupe encontrou um “atrito maior do que o esperado na publicidade tradicional”. Na quarta-feira, 6, a holding apresentou em Paris seus rendimentos durante o quarto trimestre do ano anterior e diz que sofreu uma queda de US$ 170,4 milhões, advindo principalmente da redução de investimentos de clientes da categoria de bens de consumo nos EUA.
A holding espera que a entrada de contas significativas no final de 2018 gerem crescimento orgânico a partir do segundo trimestre deste ano. Até lá, a companhia está cautelosa e prevê um começo de ano turbulento devido aos efeitos prolongados da retração no investimento dos clientes de bens de consumo no último trimestre. O grupo diz que esse corte no setor representa um desafio mais amplo para a indústria e que está tomando as devidas ações para superá-lo.A América do Norte apresentou declínio de 0,8% no crescimento orgânico em 2018. Globalmente, o Publicis teve escalada orgânica de 0,1% no período. Durante o quarto trimestre, a receita líquida da companhia subiu 0,4% em relação aos US$ 2,8 milhões registrados em 2017. No quarto trimestre de 2018, o grupo apresentou queda de 0,3% no crescimento orgânico.
Ao Ad Age, o CEO do Publicis Groupe Arthur Sadoun disse que 2018 foi um ano desafiador para a indústria. “Mas foi muito produtivo para nós… O que fizemos realmente acelerou nossa transformação”.
As tentativas do Publicis em se posicionar mais como “plataforma” do que como holding – oferecendo aos clientes a expertise e os recursos de suas várias agências utilizando a estratégia “Power of One” – pareceu dar tração à área de novos negócios no ano passado. A companhia ganhou as contas de J.M. Smucker Co, GSK e Fiat Chrysler.
Sadoun disse ao Ad Age que a companhia acredita que irá poupar dinheiro ao simplificar sua estrutura e irá investir em novas capacidades e talentos. Ele afirma que isso implica manter marcas e líderes, mas tendo certeza de que há menos estrutura – o que significa, em parte, trazer agências debaixo de um mesmo teto em algumas cidades e “matar a maior parte dos silos de lucros e perdas para simplificar os relatórios”.
Ele acrescenta que não existe a necessidade de se ter cinco CFOs no mesmo prédio para diferentes agências. “Precisamos de cinco ótimos diretores de criação, mas não tenho certeza de que precisamos de cinco CFOs”.
A holding também disse que trabalhará para fortalecer suas verticais de transformação em marketing e negócios expandindo o papel de Steve King, CEO da Publicis Media, para COO do grupo. Ele será responsável pelo desenvolvimento das práticas de transformação em marketing em diversas áreas. Nigel Vaz foi promovido a CEO da Publicis.Sapient – anteriormente, ele liderava a agência na África, Ásia Pacífico, Europa e Oriente Médio. Ros King, ex-Lloyds Banking Group, está chegando ao grupo como EVP para clientes globais.
Crédito da imagem no topo: Naypong/iStock
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