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Publicis, IPG e WPP adotam política em relação ao aborto nos EUA

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Comunicação

Publicis, IPG e WPP adotam política em relação ao aborto nos EUA

Enquanto o país revê legislação sobre o tema, holdings de comunicação avisam que irão custear viagens relacionadas ao atendimento para suas funcionárias


9 de maio de 2022 - 16h04

Por Brian Bonilla, do AdAge*

 

A decisão do caso conhecido como “Roe vs. Wade”, um recurso de Jane Roe contra o promotor de Dallas, Henry Wade, que criticava a constitucionalidade da lei do Texas que tornava o aborto um crime, marcou jurisprudência para legalização do aborto nos Estados Unidos, em 1973.

As holdings de publicidade Interpublic Group of Companies (IPG) e a multinacional francesa Publicis Groupe cobrirão os custos de viagem relacionadas ao atendimento ao aborto para suas funcionárias dos Estados Unidos, segundo apuração do AdAge.

Com essas medidas, elas se tornam as mais recentes holdings a atualizar os benefícios de saúde naquele país depois do vazamento da opinião da Suprema Corte americana que sugeria, em breve, a derrubada da decisão histórica do caso Roe versus Wade de 1973, cujo resultado legalizou o aborto em todo o país.

“O IPG está atualizando seus benefícios de saúde nos EUA para fornecer financiamento para viagens que forneçam acesso consistente a cuidados de saúde, incluindo assistência ao aborto e outros serviços médicos críticos”, segundo um porta-voz da holding.

A Publicis reafirmou a seus funcionários sobre seus benefícios de assistência ao aborto durante uma reunião global na semana passada.

“Como compartilhamos com nossos funcionários em sessões globais de mesa redonda na quarta-feira passada, continuaremos a apoiar o acesso à saúde reprodutiva para todo o nosso povo nos EUA – o que inclui apoiar nossos funcionários com viagens para assistência ao aborto, para permitir acesso consistente aos cuidados de saúde e aos recursos necessários”, disse uma porta-voz da agência.

A Zeno Group, uma agência irmã da Edelman, gigante de relações públicas de Chicago, foi criticada recentemente depois que um e-mail vazado mostrou um de seus executivos aconselhando clientes a evitar se posicionar sobre a situação.

Na semana passada, o WPP enviou um memorando interno para seus funcionários nos Estados Unidos dizendo que também pagará por viagens relacionadas a assistência ao aborto. O Omnicom Group e a Stagwell, por enquanto, nõ comentaram sobre o assunto.

*Tradução por Sarah Lídice

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