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Comunicação

Roberto Lima assume comando da Publicis no Brasil

Ex-presidente da Vivo será chairman no Brasil da rede que controla nove agências, entre elas Publicis, Talent, Salles Chemistri, AG2, Red Lion e QG


27 de novembro de 2013 - 12h31

Confirmando informação publicada por Meio & Mensagem em junho, o ex-presidente da Vivo, Roberto Lima, que deixou a operadora em 2011, foi contratado pela Publicis Worldwide para ser o principal executivo da rede no Brasil e membro do comitê executivo global da empresa.

O anúncio será feito na tarde desta quarta-feira 27 por Arthur Sadoun, que desde outubro é CEO da Publicis Worldwide e também integra o comitê executivo do Publicis Groupe (holding dona da rede Publicis).

A partir de janeiro, Roberto Lima assume como chairman de um conjunto de nove agências. Estão incluídas todas as marcas da “família Publicis”, cujo CEO é Orlando Marques, que se mantém nesta posição. São elas: Publicis Brasil, Salles Chemistri, Publicis Red Lion, AG2 Publicis Modem, Publicis Dialog, Digitas e Razorfish. Também passam a responder a Lima as duas agências do Grupo Talent: Talent e QG Propaganda, comandadas pelo CEO Julio Ribeiro. Segundo Sadoun, não há expectativa de fusão entre agências. A decisão também não afeta outras empresas compradas nos últimos anos pelo Publicis Groupe no Brasil, mas não ligadas à rede Publicis Worldwide, como a DPZ e a Taterka.

"Ao contrário do que era especulado, nós não queremos promover fusões pelo simples fato de que isso acabaria com a cultura das empresas. Optamos por um gestor para ajudar cada uma em seu negócio", afirma Sadoun.

O Publicis Groupe ainda tem diversas empresas no Brasil, ligadas a outras redes, como Neogama/BBH e Ínsula (da rede BBH); Leo Burnett Tailor Made (da rede Leo Burnett); F/Nazca S&S e Saatchi X (da rede S&S); e Andreoli MSL e Espalhe MSL (da rede MSL). O executivo não quis comentar a situação nas outras redes da holding.

Novo CEO
Sadoun tornou-se CEO da rede Publicis Worldwide em outubro. Com 42 anos, o executivo é jovem, entretanto, já figura como um dos possíveis nomes do Publicis Groupe, holding liderada por Maurice Lévy, que se fundiu em julho deste ano com o Omnicom para se tornar o maior grupo de comunicação do mundo.

Recentemente, Lévy havia estado no Brasil visitando DPZ e Talent e se reuniu com os líderes locais das agências para tratar, entre outros assuntos, da sucessão do comando das agências adquiridas e que, nos próximos meses, se tornam 100% do Publicis Groupe. 

Preocupação pós-aquisição
No ano passado, o CEO global do Publicis Groupe afirmou que tinha dificuldades em discutir nomes para liderar as duas agências brasileiras, DPZ e Talent, no futuro. A situação na Talent, que passa a responder a Lima, parece resolvida. Dos três sócios nacionais da Talent, o COO José Eustachio é o que tem participação mais ampla na condução operacional da empresa atualmente.

Já na DPZ, a sucessão foi discutida com os fundadores Roberto Duailibi, Francesc Petit (falecido em 2013) e Jose Zaragoza, além do CEO Flávio Conti, desde que o Publicis Groupe comprou 70% da empresa, em julho de 2011. Em outubro de 2012, Conti revelou que o nome favorito para assumir o comando da DPZ em 2013 era o de Erh Ray, ex-sócio da BorghiErh/Lowe, mas as negociações não avançaram.

"Desde a compra, estamos trabalhando juntos para tomar a decisão correta. O mesmo vale para a Talent (onde o grupo tem 60%), uma agência grandiosa, com trabalho ótimo e talentos notáveis. Mas qualquer movimentação está sendo feita em parceria com o Júlio Ribeiro”, disse Lévy ao Meio & Mensagem no final de 2012. Sadoun não quis comentar 

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