Salário e equilíbrio: o que diferentes gerações valorizam no trabalho?
Guia Salarial 2025, da consultoria Michael Page, ouviu 6,8 mil profissionais e empresas para entender as prioridades no ambiente corporativo
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Meio & Mensagem
14 de novembro de 2024 - 14h31
As prioridades de cada geração no ambiente corporativo foram objeto de estudo do Guia Salarial 2025, desenvolvido pela consultoria de recrutamento Michael Page. Ao longo do ano, a companhia consultou cerca de 6,8 mil profissionais e empresas de todo o Brasil.
Um dos principais consensos apresentados pelo estudo é que os profissionais, em todas as gerações, apresentam o salário e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal como fatores essenciais. O terceiro elemento, no entanto, varia entre os grupos. Para os Baby Boomers, além do salário (60%) e do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal (55%), o ambiente de trabalho e a cultura empresarial (32%) são uma prioridade.
Na geração X, os benefícios oferecidos (32%) ganham destaque. Já para os Millennials e a geração Z, o fator que completa trio de prioridades é a progressão de carreira e o treinamento, apontados por 29% dos Millennials e 40% da geração Z. Em setembro, o estudo Talent Trends, também da Michael Page, apontou que a maioria dos profissionais brasileiros (52%) está insatisfeita com o seu salário atual. Confira as preferências das gerações:
Segundo o estudo, os profissionais nascidos antes de 1965 são os que mais afirmam (11%) se sentir muito amparados ou apoiados nas empresas que trabalham. Eles superam a geração X (7%), os Millennials (6%) e a geração Z (7%).
O grupo também é o menos adepto ao trabalho híbrido ou remoto. 18% dos Baby Boomers afirmaram preferir trabalhar exclusivamente de maneira presencial. O índice é maior que a média da geração X (14%), dos Millennials (8%) e da geração Z (5%).
Formada pelos nascidos entre 1966 e 1980, a geração X narra enfrentar longas jornadas diárias de trabalho. 60% dos respondentes nessa faixa trabalham mais de oito horas por dia. Os índices são menores nas outras gerações: Baby Boomers (55%), Millennials (54%) e geração Z (47%).
Essa faixa também conta com os profissionais mais estressados. No estudo, cerca de 7% afirmaram ter um nível muito alto de estresse diário. Na sequência, aparecem as médias da Geração Z (6%), dos Millennials (5%) e dos Baby Boomers (3%).
Embora o salário seja a prioridade número um de todas as gerações, é entre os Millennials que ele atinge a maior taxa de valorização. Na pesquisa, 75% desse público indicou o salário como o fator mais importante no emprego em que atuam. O número supera as médias dos Baby Boomers (60%), da geração X (70%) e da geração Z (73%).
Em linha, a maioria deles (90%) elenca o salário como aspecto de maior importância para aceitarem uma nova proposta de trabalho. Os Millennials também são a segunda faixa etária que mais afirmou se sentir valorizada e reconhecida na empresa atual (47,3%), perdendo apenas para os Baby Boomers (52,1%).
A geração Z, com nascidos entre 1995 e 2010, se iguala aos Baby Boomers ao acreditar que as empresas em que trabalham são capazes de desenvolver uma cultura mais inclusiva. Eles superam a geração X (54%) e os Millennials (55%).
Em contrapartida, são os mais adeptos ao trabalho híbrido e remoto. Eles também lideram entre os colaboradores que se sentem mais produtivos trabalhando de casa, com 58%. A média das outras gerações ficou em: Baby Boomers (34%), geração X (38%) e Millennials (50%).
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