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Sob Trump, mercado publicitário dos EUA deve crescer menos em 2025

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Sob Trump, mercado publicitário dos EUA deve crescer menos em 2025

Consultoria Madison e Wall, de Brian Wieser, reajusta para 2,6% a previsão de crescimento do mercado publicitário do País por conta dos impactos das novas tarifas e políticas do governo


19 de março de 2025 - 15h48

mercado EUA

Políticas comerciais de Donald Trump devem interferir no crescimento do mercado publicitário do país (Crédito Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Do Ad Age

A receita de publicidade no mercado dos Estados Unidos deverá ser mais morna do que o previsto em 2025 por conta das políticas implementadas pelo presidente Donald Trump, de acordo com nova pesquisa realizada pela consultoria Madison e Wall.

Nessa terça-feira, 18, a empresa, liderada pelo analista da indústria Brian Wieser, reduziu para 2,6% a previsão de crescimento do mercado de publicidade dos Estados Unidos.

Em dezembro, a Madison and Wall previa que o crescimento seria de 4,5% em 2025. Esse dado, inclusive, já era uma revisão de uma previsão anterior, que antes projetava que o mercado de publicidade dos Estados Unidos cresceria 5,3% neste ano.

Wieser escreveu que a revisão se deve às tarifas impostas por Donald Trump, que restringem o livre comércio, à proposta que pode limitar a presença de trabalhos estrangeiros no país, “bem com a uma maior dependência das preferências idiossincráticas do presidente em vez dos processos de formulação de políticas mais previsíveis e orientados institucionalmente, no qual historicamente as empresas sempre confiaram nos Estados Unidos”.

“Agora, com quase três meses do ano, o que podemos ver é a certeza de fatores negativos adicionais, incluindo volatidade em torno das políticas comerciais e uma ameaça mais extrema às cadeias de fornecedores e às tomadas de decisões corporativas do que esperávamos anteriormente”, declarou Wieser, no report.

O especialista disse que essas políticas têm“uma ampla gama de consequências para as empresas” que, por sua vez, serão mais cautelosas em seus investimentos, incluindo marketing, bem como para os consumidores, “que mudam seus recursos para se preparar para cenários econômicos negativos”.

Ele também declarou que o crescimento provavelmente será um pouco mais forte no primeiro semestre do ano do que no segundo, “em parte por causa das consequências completas das mudanças de políticas do governo, que não serão sentidas de forma imediata”.

Enquanto isso, a Madison e Wall disseram que o crescimento da publicidade no quarto trimestre de 2024 foi de 6%, excluindo os anúncios políticos, que foi um pouco menor do que o crescimento de 7% previsto pela consultoria. O crescimento nos três primeiros trimestres de 2024 foi, em média, de 10%, segundo a empresa e a publicidade, no total, cresceu 8,6% no ano passado.

“Embora essa taxa de crescimento não seja historicamente terrível, ela está abaixo do que a indústria se acostumou, onde as taxas de crescimento eram insustentáveis”, escreveu Wieser. “Mais do que isso, se a inflação for tão elevada o quanto esperamos que seja, isso implica em um crescimento real limitado pela frente”.

Olhando em diante, a empresa prevê um crescimento anual de 3,5% nos próximos anos, “conforme a economia se ajusta às novas políticas”.

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