Surge Publicis Omnicom, maior grupo da comunicação
Anúncio oficial foi feito neste domingo 28 e cria nova holding sediada na Holanda, com dois CEOs por 30 meses, durante período de integração
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Felipe Turlao
28 de julho de 2013 - 10h31
Uma “fusão entre iguais” une o segundo e o terceiro maiores grupos de agências do mundo, criando o Publicis Omnicom Group. A empresa será, com sobras, a maior holding de comunicação do mundo, à frente do WPP.
Confira a repercussão entre líderes de todo o mundo
Maurice Lévy, CEO do Publicis, e John Wren, CEO do Omnicom, serão co-CEOs durante 30 meses, tempo para o que se chama de “integração inicial e desenvolvimento”. Após o período, Lévy, que estava buscando um sucessor dentro do Publicis, se tornará chairman não-executivo e Wren continuará como CEO. O board de executivos terá 16 membros, contando os dois co-CEOs e sete diretores não-executivos de cada holding. Cada parte terá 50% das ações do Publicis Omnicom, que soma 130 mil funcionários.
A nova holding terá sede na Holanda, e as matrizes de Paris e Nova York de Publicis e Omnicom, respectivamente, continuarão sendo as sedes-base da nova operação. O atual chairman do Omnicom, Bruce Crawford, se tornará chairman do Publicis Omnicom no primeiro ano da empresa. No segundo ano, ele será sucedido por Elisabeth Badinter, atual chairman do Publicis.
As empresas informam que combinam receitas de US$ 22,7 bilhões e valor de mercado de US$ 35,1 bilhões.
O acordo foi aprovado de forma unânime pelos membros dos dois boards e irá unir sob a mesma holding as marcas BBDO, Saatchi & Saatchi, DDB, Leo Burnett, TBWA, Razorfish, Publicis Worldwide, Fleishman-Hillard, DigitasLBi, Ketchum, StarcomMediaVest, OMD, BBH, Interbrand, MSLGroup, Rapp, Publicis Healthcare Communications Group (PHCG), Proximity, Rosetta, CDM, ZenithOptimedia e Goodby, Silverstein & Partners. Algumas das agências brasileiras que estão na nova holding são AlmapBBDO, DM9DDB, Lew’Lara\TBWA (da porção Omnicom), AG2 Publicis Modem, Digitas, DPZ, F/Nazca S&S, Leo Burnett Tailor Made, Neogama/BBH, Publicis, QG, Razorfish, Red Lion e Talent (da porção Publicis).
Os maiores clientes divididos entre os dois são McDonald’s, P&G, L’Oreal e AT&T. Alguns dos potenciais conflitos envolvem Pepsi e Coca-Cola, AT&T e Verizon, e Microsoft e Google.
A fusão é a maior negociação da história da publicidade mundial, superando a compra do Aegis pela Dentsu, em março de 2013, por US$ 4,9 bilhões; e a compra da Y&R pelo WPP em 2000, por US$ 4,7 bilhões.
Com a receita de US$ 22,7 bilhões em 2012, o Publicis Omnicom fica bem à frente no ranking global do WPP, que somou US$ 16,5 bilhões no ano passado. Fecham o Top 10 mundial da publicidade e serviços de marketing: Interpublic (US$ 7 bilhões), Dentsu (US$ 6,4 bilhões), Havas (US$ 2,3 bilhões), Hakuhodo (US$ 2,2 bilhões), Alliance Data System Epsilon (US$ 1,2 bilhão), MDC Partners (US$ 1,1 bilhão) e Experian Marketing Service (US$ 900 milhões).
A transação depende de aprovação de órgãos antitruste e dos acionistas das duas companhias. A expectativa é que o processo seja concluído em algum momento entre o quatro trimestre de 2013 e o primeiro trimestre de 2014. A fusão teve como consultorias financeiras a Moelis & Company, pelo lado do Omnicom, e a Rothschild, pelo Publicis.
Leia também:
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Publicis Omnicom: liderança e incertezas
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