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WPP tem prejuízo de US$ 3,9 bilhões em 2020

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Comunicação

WPP tem prejuízo de US$ 3,9 bilhões em 2020

Devido à pandemia, o grupo também perdeu 6.648 funcionários, ficando com 99.830 colaboradores no final de 2020


11 de março de 2021 - 16h44

A holding WPP, proprietária de redes de agências como VMLY&R, Wunderman Thompson e Ogilvy, encerrou o ano de 2020 com um prejuízo reportado de £ 2,79 bilhões (aproximadamente US$ 3,9 bilhões) no ano. Ainda como reflexo da pandemia, o grupo perdeu 6.648 funcionários, ficando com 99.830 colaboradores no fim do ano passado, frente à 106.478 um ano antes.

Além disso, o prejuízo operacional do WPP, que não considera aquisições e variações cambiais, foi 19% em relação a 2019, ficando em £ 1,26 bilhão (US$ 1,76 bilhão). A boa noticia é que o grupo aumentou o fluxo de caixa e reduziu a dívida líquida.

 

(crédito: Associated Press)

O CEO do WPP, Mark Read, se disse otimista com os resultados, visto que as receitas tiveram uma melhora no quarto trimestre, o que fez de 2020, em sua visão, um ano melhor do que o previsto quanto iniciou-se a pandemia.
Segundo dados reportados pelo grupo, suas receitas anuais tiveram queda de 8,2% no ano, ficando em £ 9,76 bilhões em 2020, aproximadamente US$ 13,6 bilhões. Na comparação com anos anteriores, houve declínio de 6,5% no quarto trimestre, contra 7,6% do terceiro e 15,1% do segundo trimestre. Considerando-se a receita por mercados, na América do Norte houve uma queda de 5,8%; o Reino Unido caiu 10,5%; a Europa Ocidental, 8,1%, e o resto do mundo, incluindo Ásia-Pacífico e América Latina, retrocedeu 10,3% em 2020.

“Embora a receita tenha sido significativamente impactada à medida que os clientes reduziram os investimentos, o desempenho superou nossas próprias expectativas e as do mercado ao longo do ano. Não há dúvida de que as ações que realizamos nos dois anos anteriores para transformar e simplificar o negócio do WPP, e reduzir o endividamento, desempenharam um papel crucial na força de nossa resposta à crise”, afirmou Read.

Entre as ações, ele citou a modernização de oferta aos clientes, aprimoramento de sua estrutura e fortalecimento das marcas de suas agências. “Em dezembro de 2020, delineamos nossos planos para continuar a transformar nosso negócio, para acelerar nosso crescimento e colocar o propósito no centro do que fazemos”, reforça.

O executivo ainda fez previsões para o futuro. “Vemos muitas áreas de crescimento atraentes para a WPP, considerando a mudança permanente para o e-commerce, a digitalização da mídia e a necessidade de nossos clientes de converter o propósito da marca em ações. Os últimos 12 meses demonstraram a importância e o impacto da área de comunicação”, avaliou. “A demanda dos clientes por soluções simples e integradas que combinem criatividade excepcional com dados sofisticados e capacidade de tecnologia tende a crescer e, embora as incertezas permaneçam em torno do impacto da implantação da vacina e do crescimento econômico, continuamos esperando que 2021 seja um ano de sólida recuperação”, opina.

Com a queda de 8,2% nas receitas, o WPP ficou com o terceiro melhor desempenho entre os seis grandes grupos de agências durante a crise do novo coronavírus (embora alguns de seus concorrentes usem metodologia diferente para calcular as receitas). O grupo ficou atrás de Interpublic (queda de 4,8%) e Publicis Groupe (6,3%), mas à frente da Havas (queda de 9,9%), Omnicom (11,1%) e Dentsu (11,1%).

Assim como o WPP, os outros grupos de agências também cortaram empregos. Porém, apesar dos cortes, o WPP afirmou anteriormente que espera um crescimento de receitas em 2021 e 2022 e que irá contratar novamente. O grupo tem planos de admitir 10.000 funcionários até 2025.

**Crédito da imagem no topo: Eugenesergeev/iStock

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