X depende menos de anúncios e foca mais em IA e assinaturas
Com a recuperação financeira em progresso, Musk tem apostado em outros caminhos para gerar receita na companhia
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Meio & Mensagem
28 de abril de 2025 - 17h43
De acordo com Musk, a xAI adquiriu o X, colocando ambas as companhias sob a holding XAI (Crédito: Camil Concha/Shutterstock)
Com informações do Ad Age
O X, rede social de Elon Musk, está evoluindo: deixando de ser uma plataforma potencializada por anunciantes, para se tornar uma que aposta na IA e assinaturas para gerar lucro – uma mudança que parece ter impulsionado sua receita recentemente.
A plataforma, antes conhecida como Twitter, registrou US$ 91 milhões em receita vinculada ao licenciamento de dados e assinaturas, em fevereiro. Isso representa um crescimento de 30% em relação ao ano anterior, de acordo com materiais compartilhados com investidores. A receita vinculada a anúncios também cresceu, porém em números mais modestos: 4%, de acordo com o material.
Um representante do X se recusou a comentar sobre o assunto.
Os valores representam um contraste em relação a quando Musk comprou o X três anos atrás. A plataforma era dependente de anúncios das empresas tradicionais de primeira-linha, mas foi perdendo receita sob a liderança do bilionário, que implementou severas mudanças em seu modelo de negócio.
Desde então, a receita de anúncios estabilizou em um nível mais baixo, ao passo que a receita de licenciamento de dados e assinaturas cresceu, de acordo com o material compartilhado com os investidores. Enquanto isso, a decisão do Musk de combinar o X com sua empresa de inteligência artificial, o xAI, apenas redirecionou ainda mais o foco.
Em 2021, o Twitter registrou receita de US$ 4.5 bilhões, seu último ano completo antes da aquisição por Musk. É previsto que o atual X gere cerca de US$ 2.26 bilhões em vendas de anúncios globalmente neste ano, um aumento de 16,5% de acordo com Emarketer, conforme reportado pela Bloomberg anteriormente.
Ainda assim, os investidores têm se sentido otimistas, devido à receita do X em recuperação, seus custos mais baixos e a relação próxima de Musk com o presidente Donald Trump. Morgan Stanley iniciou na quinta-feira a venda das últimas partes da dívida relacionada à compra da empresa por Musk em 2022, após uma reviravolta acentuada no sentimento em relação às perspectivas da companhia.
Em seu fechamento financeiro, o X se gabou de seus quase US$ 1.5 bilhões em ganhos anuais, sem considerar juros, taxas, depreciação e amortização, uma métrica de ganhos conhecida como “Ebitda” pelo Wall Street.
As melhoras nas métricas permitiram que a companhia levantasse quase US$ 900 milhões em uma nova rodada de financiamentos de Musk e outros investidores, que avaliaram a companhia em US$ 44 bilhões – por volta do mesmo valor pelo qual ela foi comprada – conforme reportado pela Bloomberg.
O balanço financeiro do X também está melhorando, de acordo com os materiais compartilhados com os investidores. A companhia tem, no momento, quase US$ 1.1 bilhões na mão, uma alta em relação ao valor mantido desde o ano anterior até janeiro deste ano – de US$ 120 milhões para US$ 320 milhões. É esperado que a companhia use parte desses fundos para pagar os US$ 12.5 bilhões que ainda deve, ou então para investimentos em tecnologia.
A dívida ainda está pesando para a companhia de Musk.
Apenas em março, o X pagou cerca de US$ 200 milhões em custos de pagamento da dívida, relacionada com a compra da plataforma, conta uma pessoa que não foi autorizada a falar publicamente. Os gastos em juros anuais da companhia no fim de 2024 somou mais de US$ 1,3 bilhões, acrescenta.
A oferta de dívida da Morgan Stanley tem como objetivo refinanciar a última parte do financiamento da aquisição do X, que possui taxa de juros de 14%. Os bancos estão comercializando a dívida com um cupom fixo de 9,5%, o que ajudaria a cortar custos da companhia. O X espera reduzir seus gastos com juros anuais em US$ 43 milhões.
A dívida de empréstimo do X tem sido um problema não apenas para a companhia, mas para os bancos que ajudaram Musk a comprar a companhia. Os credores mantiveram cerca de US$ 12,5 bilhões desse débito, incapazes de vender esse valor para os investidores até fevereiro deste ano, quando despejaram US$ 11.2 bilhões em três vendas.
Um mês atrás, Musk disse que a xIA, sua startup de inteligência artificial, tinha adquirido o X.
Informações compartilhadas com os investidores mostram que ele criou uma holding, a XAI Holdings, que engloba o X e o xAi. Em vendas de dívidas anteriores, os bancos e a gestão da empresa haviam destacado o relacionamento de X com a startup de Musk como um atrativo para estimular o interesse dos investidores.
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