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Creators & Influencers

A expansão dos esportes eletrônicos

Modalidade tem ido além da internet, ganhando espaço nas TVs por assinatura, lotando estádios em dias de campeonato e dando origem a espaços físicos superlativos


29 de agosto de 2023 - 16h37

Françoise Terzian

O Free Fire, da Garena, é considerado o game mais popular do Brasil. Em 2023, pela primeira vez, depois de quatro anos, a Liga Brasileira de Free Fire (LBFF) será integralmente paga pelos patrocínios. Não à toa, os eSports se tornaram um dos ecossistemas que mais cresceram nos últimos 10 anos de análise da Pesquisa Game Brasil. “Acompanhamos a relevância no conhecimento que, hoje, registra 82,9% entre pessoas que jogam jogos eletrônicos, além da prática, que é de 48,8% entre o público que conhece a modalidade competitiva, e nesse ponto a prática é tanto de jogadores que querem se tornar profissionais, mas também jogadores competitivos que gostam da modalidade como entretenimento”, analisa Carlos Silva, sócio da Go Gamers, consultoria especializada no mercado de games.

Os streamers também têm papel especial na atração de público para os eSports. Eles geram conteúdo, conquistam audiência e ajudam a popularizar jogos e times participantes. Com o eSports, Nobru saltou, em poucos meses, de 10 mil para 10 milhões de seguidores. “Vejo os influenciadores como um pilar central na expansão e consolidação dos eSports no Brasil e no mundo. Tenho meu próprio campeonato, que é a CPN, e fomento o cenário de eSports diretamente. Recentemente, transmiti ao vivo da final da LBFF no meu canal, com uma audiência de 300 mil pessoas. Isso só reforça a importância de ter os influenciadores atuando para levar os eSports a um novo patamar”, diz Nobru, que já foi campeão brasileiro, mundial e eleito o melhor jogador de Free Fire do mundo.

Team Liquid

Alienware Training Facility inaugurado pelo Team Liquid, em São Paulo, em maio deste ano (crédito: reprodução)

O avanço do eSports no País tem ido além da internet, ganhando espaço nas TVs por assinatura, lotando estádios em dias de campeonato e dando origem a espaços superlativos como o Alienware Training Facility — o terceiro do mundo foi aberto em São Paulo, depois dos de Los Angeles (EUA) e Utrecht (Holanda). Inaugurado em maio, em um prédio inteiro da Avenida Angélica, ocupa 3 mil metros quadrados e funciona como complexo de treinamento, criação de conteúdo e administração. Espalhados por seus 13 andares, há ambientes para os jogadores treinarem, cabines de streaming equipadas para transmissão, ilhas de edição, estúdio para gravação, salas de reuniões, academia, dormitórios e a primeira loja física da Team Liquid (organização profissional de esportes eletrônicos) no mundo. A maior das três unidades sinaliza o interesse de longo prazo da Liquid no Brasil.

Esse tipo de investimento só faz a roda dos eSports girar mais no Brasil. E os streamers e influenciadores de games são parte importante na entrega dessa mensagem. “Acredito que amplificamos a mensagem de que existe um mercado por trás e que a galera pode almejar um futuro fazendo o que gosta. Mostramos que não é só um joguinho, mas, sim, uma indústria que cresce a cada dia”, explica Yayah, que atua retransmitindo ou participando de transmissões dos campeonatos de Valorant.

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