Cocriação: receita para conexão entre marcas e influenciadores
Criação conjunta é considerada um dos principais assets na relação entre marcas e influenciadores digitais
Cocriação: receita para conexão entre marcas e influenciadores
BuscarCriação conjunta é considerada um dos principais assets na relação entre marcas e influenciadores digitais
Meio & Mensagem
16 de agosto de 2023 - 6h02
Fábio Vieira
O papel do influenciador dentro da campanha é a principal diferença do marketing de influência em relação às ações de publicidade tradicional, onde anunciantes e agências têm mais poder em relação ao resultado final. E é por essa característica do segmento que os especialistas apontam que a cocriação é fundamental para atingir os melhores resultados.
Entretanto, seja nas campanhas envolvendo os novos talentos ou com os perfis mais consolidados, deixar o influenciador participar da parte criativa ou definir os rumos de uma ação considerando seus seguidores ainda gera receios no mercado.
“Hoje em dia, qualquer marca ou agência que abre mão de cocriação está perdendo um dos seus maiores assets. Ninguém entende melhor a audiência de um criador de conteúdo do que ele próprio”, afirma João Pedro Paes Leme, CEO e sócio-fundador da Play9, citando que um dos desafios do segmento está nas marcas mais tradicionais, que ainda têm receio de compartilhar a criação da campanha. “Mas acredito que, hoje em dia, a maioria das marcas e agências já esteja convencida dos benefícios de correr esse risco”, afirma.
A atenção que o mercado tem dado ao marketing de influência mostra que esse receio tem sido cada vez menor. Um levantamento da Influencer Marketing Hub aponta que 80% dos profissionais planejam direcionar parte de seus orçamentos para a área ao longo deste ano.
Na opinião dos profissionais de marketing de influência, o fato de os criadores de conteúdo conhecerem seus seguidores é o principal ponto para apontar a cocriação como base para a realização das campanhas nas redes sociais.
“Além de assertividade na escolha dos influenciadores, é preciso respeitar a linguagem de cada criador e da plataforma que se está ativando. A cocriação gera conexões reais com a audiência, passando a mensagem de maneira autoral e gerando identificação, o que aumenta as interações e o engajamento”, comenta Guilherme Oliveira, cofundador e CEO da Mudah.
O executivo aponta, ainda, que as próprias experiências do criador de conteúdo fazem toda a diferença para o resultado da ação. “Suas vivências como consumidor e seu conhecimento do público são extremamente valiosos para a construção de conteúdos autênticos, que além de passar a mensagem da campanha, vão entreter e envolver o usuário, gerando interações poderosas sobre o produto e a marca”, comenta Oliveira.
Esse fator também é defendido pela CEO e fundadora da Mynd, Fátima Pissara. “As marcas precisam entender que não existe ninguém que conheça melhor o seu público do que o próprio influenciador. Por isso, ele vai ser a melhor pessoa para dizer o que funciona ou não em suas redes sociais”, afirma.
Há quem aponte ainda que o desenvolvimento das campanhas envolvendo todas as partes gera benefícios não só na parte criativa das ações como também acelera o processo. “Quando convidamos todos para sentarem à mesma mesa, tudo e todos saem transformados. Muitas vezes, um processo ou conceito que levaria meses para nascer, ocorre em dias”, afirma Tiago Trindade, sócio e CCO da Digital Favela, reforçando a necessidade desse tipo de trabalho ser realizado “com fundamento e autoridade”.
Acesse o ProXXIma Marketplace para saber quais são as melhores soluções de mídia programática para o seu negócio.
Compartilhe
Veja também
Gaules, o Galvão Bueno dos esportes eletrônicos
Maior streamer do Brasil desde 2020, Gaules comenta sua rotina, conexão com as marcas e próximos passos na carreira
A expansão dos esportes eletrônicos
Modalidade tem ido além da internet, ganhando espaço nas TVs por assinatura, lotando estádios em dias de campeonato e dando origem a espaços físicos superlativos