Como a Web3 vai modificar a criação de conteúdo
Felipe Ribbe, head de business development da Socios.com, diz que creators terão mais controle sobre o conteúdo produzido e maior possibilidades de lucros
Como a Web3 vai modificar a criação de conteúdo
BuscarFelipe Ribbe, head de business development da Socios.com, diz que creators terão mais controle sobre o conteúdo produzido e maior possibilidades de lucros
Caio Fulgêncio
2 de junho de 2022 - 14h58
De creator economy para ownership economy. Um dos principais impactos que a Web3 terá no futuro dos creators diz respeito à propriedade e controle do conteúdo criado, segundo o head de business development da Socios.com, Felipe Ribbe. “A Web3 é a camada da propriedade da internet”, afirmou durante palestra na Trilha Influencers & Creators, na edição 2022 do ProXXIma.
Ribbe explica que, diferente da Web2, em que as plataformas controlam os conteúdos e detêm os lucros, a Web3 é descentralizada, com o creator sendo dono da própria produção e permitindo que outras pessoas criem por cima das plataformas já existentes. Além disso, outra característica é a interoperabilidade que, segundo o especialista, permite a liberdade sobre a audiência e sobre o conteúdo, sendo possível transportá-los para outros locais da rede.
“Na Web2, os usuários se conectam, mas deixam o conteúdo e a audiência em servidores centralizados (de propriedade de grandes empresas). A Web3, por outro lado, é aberta. Trata-se de uma relação que sai do go to market para o go to community, por conta da relação direta. As pessoas passam a ser mais importantes, ainda na cocriação e no feedback, e têm participação direta no processo”, ressalta.
No que diz respeito ao faturamento, o Ribbe acrescenta que a maior participação se reflete na possibilidade de acesso a lucros. “Pessoas seguem pessoas, não plataformas. Mesmo assim, as empresas – da Web2 – ficam com um percentual desproporcional das receitas. Na hora de repartir, o equilíbrio acaba não acontecendo. A Web2 segue relevante pelo seu alcance, mas a Web3 vai ganhar espaço, pela remuneração ser mais atrativa para o criador de conteúdo e por ter uma relação direta entre o criador e o fã”, finaliza.
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