Marcos Mion: relação com marcas vem de dedicação mútua

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Evento ProXXIma

Marcos Mion: relação com marcas vem de dedicação mútua

Apresentador da Globo, Marcos Mion acredita que uma relação longeva com marcas dependa de co-criação e dedicação


6 de junho de 2024 - 15h07

Apresentador da TV Globo desde 2021 e embaixador de grandes marcas, como Chevrolet e Itaú, Marcos Mion fechou o ProXXIma 2024 em uma entrevista na qual detalhou sua abordagem na televisão, redes sociais e em acordos com as marcas.

Marcos Mion (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Marcos Mion (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Relação com marcas

Em relação às parcerias com marcas, Mion afirmou que gosta de ter poucos, mas bons e duradouros acordos com marcas que acreditam no seu trabalho. Ele já não faz ações pontuais, pois acredita que um bom “casamento” vem de dedicação mútua. Sua abordagem é se aproximar dos times, formar uma relação próxima e cocriar.

Para agregar à parceria, Mion gosta de criar peças que estão além do acordado, como forma de garantir longevidade nas parcerias e inovar. “O que está no contrato todos fazem. O que sai e vai além, as ofertas que você proporciona é o que vale a pena”, opinou. Atualmente, o apresentador conta com parcerias com Mercado Livre, Chevrolet, TIM, Itaú, entre outras.

Na televisão, ele busca aproximar os departamentos de conteúdo e comercial. Esse é um trabalho ao qual ele se dedica desde seus anos na RecordTV. Esse esforço faz com que ele possa trazer marcas com as quais já tem relação para as telas da Globo e inovar nos formatos comerciais. “Departamento comercial e artístico devem coexistir. Por exemplo, a maioria das ações comerciais da Globo são gravadas em estúdio, mas estamos abrindo espaço dentro do conteúdo para ações gravadas na rua e outros formados”, contou.

Criatividade nos dias atuais

Mion dividiu como observa o processo criativo atual ao traçar um paralelo entre a MTV Brasil, onde trabalhou a partir de 1999, e as redes sociais. Na sua opnião, antes da internet se tornar acessível e popular e antes das redes sociais surgirem, o processo criativo, muitas vezes, ocorria sem ter muitas referências nas quais se inspirar. Além disso, ao criar um programa, era necessário ter aprovação do time artístico, comercial e dos diretores. Assim, o processo de criação, como um todo, era mais árduo, mas trazia resultados positivos.

“A necessidade de aprovar o material e o feedback constante fazia com que nós nos aprimorássemos”, contou. Segundo Mion, o YouTube acabou prejudicando a MTV, pois a plataforma tornou possível que usuários publicassem vídeos livremente, sem precisar de aprovações, como na televisão.

No entanto, ele acredita que o consumo acelerado de informações nas redes sociais dificulta a criação de ideias originais. “Hoje em dia, nosso cérebro só recebe informação o tempo todo. Você acorda de manhã e joga fora o estado contemplativo e criativo ao entrar nas redes sociais. Você mata a originalidade do pensamento”, opinou.

Ainda assim, Mion vê grande valor nas redes sociais, considerando que as plataformas democratizaram o diálogo do grande público com artistas. Para ele, os usuários que se destacam são aqueles que conseguem atenção, mas não necessariamente são os que têm o melhor conteúdo. “É como na feira. O feirante mais criativo na forma de chamar o público para a barraca pode receber sua atenção imediata, mas se ele não souber vender ou os produtos não forem de qualidade, você vai voltar para o feirante que você já conhece e que vende o que você precisa”, destacou.

O valor da televisão

Mion aproveitou um momento da entrevista para expor sua opinião sobre as comparações feitas entre televisão e streaming. Para ele, enquanto consumir streaming é uma atividade, por vezes, individual e solitária, a televisão propõe a comunhão, sobretudo programas ao vivo em que o público assiste ao mesmo conteúdo junto.

Além disso, ele argumenta que ambos tem modelos de negócios diferentes. Enquanto a televisão aberta depende de anunciantes, o streaming depende de assinantes. “Elas não roubam um do outro. São plataformas diferentes com essências diferentes. Cada um tem seu formato, alcance e poder. Vemos streamings abrindo para anunciantes, fazendo novelas. Isso basicamente é TV. É o formato que sabemos que funciona há muitas décadas e vai ser pra sempre”, disse.

O apresentador também dividiu que o filme MMA – Meu Melhor Amigo, parte de um desejo de deixar um legado no conteúdo nacional, para que seus descendentes possam ter acesso ao que ele produziu e participou. O filme conta a história de um lutador de MMA que descobre que tem um filho autista e como se dá a relação entre eles a partir dessa descoberta. Mion é o protagonista.

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