Marketing de influência: regulamentação na era da efemeridade

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Marketing de influência: regulamentação na era da efemeridade

O Palco Nielsen, no Proxxima, discutiu nuances do marketing de influência e como a evolução da regulamentação se desenvolveu no cenário brasileiro


5 de junho de 2024 - 11h00

Alberto Pereira Jr, head de jornalismo, música e parcerias da Banca Digital, e Fabiana Bruno, CEO da Suba falam sobre regulamentação (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Alberto Pereira Jr, head de jornalismo, música e parcerias da Banca Digital, e Fabiana Bruno, CEO da Suba falam sobre regulamentação (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

O Palco Nielsen, no Proxxima recebeu, nesta terça-feira, 4, uma programação especial sobre a evolução do social como ferramenta para os criadores de conteúdo. Um dos principais debates do evento foi a respeito da regulamentação do mercado de influência que caminha a passos longos para se tornar uma realidade no País.

Para isso, Alberto Pereira Jr, head de jornalismo, música e parcerias da Banca Digital, e Fabiana Bruno, CEO da Suba, subiram ao palco para debater sobre como a regulamentação afetaria o cenário atual. Ambas as empresas já começaram a trabalhar soluções para fazer com que o mercado caminhe para um crescimento profissional.

Esse trabalho é realizado antes mesmo de qualquer ação de regulamentação promovida por órgãos de cunho nacional, dada a importância desse segmento tanto para a produção de conteúdo, quanto para a publicidade.

“Hoje em dia não conseguimos mais separar o off do online. As redes se consolidaram como uso pessoal e de estratégia e já entendemos o alcance e o que ele pode gerar”, avaliou Alberto.

Isso significa que se torna iminente a construção de pilares que ajudem a criar uma cadeia mais saudável para o relacionamento dos influenciadores com o seu público e com as marcas.

Esse processo começa pela formação e educação desses profissionais. Neste caso, Fabiana, da Suba, sugeriu que as agências trabalhem junto com universidades e que sejam criados cursos para direcionar esse conteúdo como uma matéria acadêmica.

“Estamos construindo isso além da prática do mercado publicitário, mas também para uma conversa no ambiente social. Pensamos em como trazer legitimidade com repertório e como criamos essa cultura. Também queremos trazer os influenciadores para a mesa”, diz a CEO da Suba.

Isso se conecta com o segundo passo, que é trabalhar um processo de cocriação com esses profissionais para que eles participem da manutenção de um ambiente saudável para a criação de conteúdo. Assim é importante que parceiros e marcas entendam os criadores como pessoas com opiniões e vida pessoal.

Outro pilar importante para a construção de regulamentação é contar com o auxílio das plataformas, que ainda têm muitos tomadores de decisão que não estão na realidade do Brasil. “A as plataformas são fundamentais. Temos que considerar essas, mas também entender que no futuro podem existir outras. Elas precisam se responsabilizar mais. Existem as legislações e regras de comunidades, mas elas estão muito distantes ainda”, avalia, Alberto.

Como conquistar o épico

Apesar desse movimento que visa regulamentar o marketing de influência e deixar a profissão perene, a internet ainda é um lugar efêmero. Conteúdos viralizam e são esquecidos de forma muito rápida.

A internet trouxe uma rapidez na forma como as pesquisas são feitas e em como as impressões sobre acontecimentos históricos são percebidas. Esse foi o assunto debatido por Tim Lucas, head fo hyper Island e Rafaela Lotto, sócia e head da YouPix no painel “Sigam o social: que seja épico enquanto dure”.

Para eles, essa evolução e efemeridade promovidas pela rapidez com que as coisas acontecem na internet impactam diretamente a forma como as pessoas se relacionam com os fatos históricos e com as referências.

“Os seres humanos se diferenciam pela sua capacidade de contar histórias. Com a chegada da inteligência artificial teremos uma nova forma de contar histórias e isso vai impactar como entendemos nosso passado e como contar o futuro”, avalia Tim Lucas.

Quando isso se relaciona com as marcas, se conectar com os assuntos do momento precisa ser algo assertivo. Por isso elas buscam entrar nas histórias para se diferenciar e aproveitar o épico.

No entanto, segundo Rafaela Lotto, é preciso saber sair do piloto automático e de entrar apenas nas conversas que estão em alta, para participar de conversas que realmente sejam relevantes para essa marca estar.

“As marcas estão esquecendo que o que sempre fez a história delas foi ser autêntica foi contar boas histórias. Temos uma oferta tão grande que o caminho mais fácil é fazer igual, fazer a trend. Estamos sempre olhando tendência, a influência quer participar de uma conversa, não ser uma interrupção, mas temos que mapear quais são esses assuntos”, diz.

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