Microsoft quer potencializar negócios com o poder da IA
VP de engenharia da Microsoft Advertising, Ben John divide que IA pode potencializar eficácia, personalização e diminuir custos de anúncios
Microsoft quer potencializar negócios com o poder da IA
BuscarVP de engenharia da Microsoft Advertising, Ben John divide que IA pode potencializar eficácia, personalização e diminuir custos de anúncios
Thaís Monteiro
6 de junho de 2024 - 13h09
A Microsoft é um dos principais players no cenário da inteligência artificial atualmente. A empresa é uma das maiores investidoras da OpenAI. Além disso, conta com seu próprio modelo de linguagem, o Copilot, está trabalhando para inserir a tecnologia em todos os seus produtos. No mês passado, lançou uma categoria de PCs com Inteligência Artificial, o Copilot Plus.
Em entrevista ao Meio & Mensagem para o evento ProXXIma, Ben John, VP de engenharia da Microsoft Advertising, afirmou que a inteligência artificial é uma prioridade para a empresa. O executivo contou que a IA não é nova para a Microsoft ou para a indústria, considerando que é uma invenção que data 50 anos, mas que hoje a big tech trabalha para criar uma experiência melhor para usuários e parceiros usando a tecnologia.
“Nossa missão é ajudar os parceiros a criar coisas incríveis para sua comunidade”, disse. “Empoderar parceiros, publishers para construir em suas plataformas usando IA e tecnologia”, complementou.
Este ano, a Microsoft firmou parcerias bilionárias com duas grandes marcas, Estée Lauder e Coca-Cola, que vão começar a usar a IA da Microsoft para suas campanhas. Com a Microsoft, a Estée Lauder criou um laboratório de inovação com IA cujo propósito é acelerar o desenvolvimento de produtos e campanhas e tornar as campanhas mais relevantes localmente. Já a Coca-Cola irá utilizar as ferramentas e IA da Microsoft para repensar o marketing, mas também rede de fornecedores, fomentar inovações, ampliar eficiência, achar novas frentes de crescimento, entre outros objetivos.
Conforme John, esses anunciantes buscam alcançar o público que consome conteúdo digital em variados canais e dispositivos. Para isso, eles precisam de um parceiro confiável e com tecnologia capaz de auxiliá-los nessa tarefa. E a Microsoft busca se posicionar como esse parceiro. Adicionalmente, a big tech faz parcerias com outras plataformas, como Adobe e WhatNot para complementar os serviços.
“Quando os comportamentos dos consumidores estão se estendendo por muitos dispositivos, a frustração para os profissionais de marketing é não conseguir medir o retorno sobre o investimento publicitário e alcançar o público em larga escala. Muitas coisas estão mudando. Essa diversidade precisa de alguma habilidade tecnológica. A IA vai ajudar nessa criação”, argumentou.
Segundo o executivo, anunciantes poderão usar a IA para criar mais peças de forma mais rápida, relevante, por um custo menor, com entrega mais eficiente, além de auxiliar na mensuração. No commerce, ele acredita que a IA pode resumir as informações relevantes sobre os produtos e serviços para cada consumidor.
Para John, o maior erro é não se aventurar testando os modelos de IA disponíveis no mercado, acompanhar as novidades de lançamentos e executar ideias. “Há um momento de pânico e de excitação [sobre a IA]. Toda tecnologia desestabiliza o comportamento de quem gere um negócio. Precisamos converter desafios em oportunidades”, sugeriu.
Na corrida pela liderança do mercado de IA, a Microsoft enxerga seu papel como impulsionador da tecnologia, ou seja, quer trazer o poder da mesma para seus parceiros. “É sobre empoderar a IA para a humanidade”, coloca.
Adicionalmente, a big tech argumenta que suas três décadas de existência no universo digital asseguram que a empresa tem a mentalidade certa para contribuir com o desenvolvimento da tecnologia.
O VP de engenharia também vê a privacidade como um diferencial, uma vez que é prioridade para a empresa e é algo com o que os consumidores e parceiros estão preocupados.
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmou à Bloomberg Television que é contra antropomorfizar a IA, pois ela não passa de uma ferramenta. Sobre esse assunto, John disse que há um grande foco em segurança e privacidade na forma de lidar com os dados e conteúdos. Segundo o executivo, a empresa tem um time denominado IA Responsável e busca ouvir feedback constante de parceiros e consumidores para ajustar as arestas.
“Estamos todos nisso juntos, aprendendo como essa tecnologia pode transformar nossas vidas. E, à medida que aprendemos, definitivamente estaremos abertos para feedback e adaptação”, dividiu.
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