“Os criadores se tornam marcas e as marcas se tornam influenciadores”
Giovana Simão, da Cobogo, Luiza Brasil, da MequeLab e Luna Lima, da Compõe – The Influencers Boutique ex, falam sobre a evolução da cretor economy no mercado brasileiro
“Os criadores se tornam marcas e as marcas se tornam influenciadores”
BuscarGiovana Simão, da Cobogo, Luiza Brasil, da MequeLab e Luna Lima, da Compõe – The Influencers Boutique ex, falam sobre a evolução da cretor economy no mercado brasileiro
Valeria Contado
30 de maio de 2023 - 18h37
A produção de conteúdo mudou e com ela, a relação das marcas com o consumidor também evoluiu. Atualmente, as empresas buscam formas de se conectar com os clientes de forma genuína e real. Para isso, elas se unem aos influenciadores e criadores de conteúdo.
Esse é o modo que elas encontraram de se aproximar do dia a dia das pessoas e entrar em conversas importantes para o contexto social. Com isso, os creators desenvolveram um olhar comercial na criação de conteúdo para a internet. “O influenciador não é mais um indivíduo, o olhar dele é comercial, de um publisher. É um produto que se adequa às empresas e produtos”, explica Luiza Brasil, CEO da MequeLab.
Do outro lado, as marcas pararam para prestar atenção nesse tipo de construção. E nesse contexto os criadores se tornam caminhos para que elas promovam essa conexão. Para Giovana Simão, sócia e Fundadora da Cobogo, isso acontece por conta da autenticidade que essas personalidades promovem ao desenvolver um conteúdo, mesmo que seja publicitário. Nesse processo, os dois pontos convergem e até mesmo se confundem. “As marcas se tornam creators e os creators se tornam marcas. Um criador com pouco tempo consegue dominar um nicho”, explica.
Com a evolução da tecnologia, os criadores de conteúdo conseguem acelerar a produção de conteúdo. A automação de ferramentas ajuda esses produtores a realizar escolhas em relação a temática, como criar uma comunicação mais eficiente, e até mesmo na produção de imagens que ainda não existem. Mas as profissionais reforçam que a melhor ferramenta que pode ser utilizada por esses profissionais é a humanização e conhecer o seu público.
“Quem cuida dessa interface da marca para decidir se aquele Creator de fato pode criar uma comunicação eficiente é uma pessoa. Entendemos que não é só sobre números, temos que avaliar as camadas. Estamos de fato criando essa leitura de cenário”, aponta Luiza.
Um ponto crucial e que aproxima as marcas de influenciadores, é que eles criam e fazem parte de uma comunidade. Os grupos agregam os valores e mensagens de cada produtor, além de suas características.
Por isso, quando uma marca procura um creator ela está contratando a forma como ele enxerga o Mundo. Como consequência ele se torna um porta-voz desse tipo de produto. Para Luna Lima, presidente do conselho do grupo publicitários negros e diretora de conteúdo da Compõe – The Influencers Boutique, as marcas precisam entender como gerar essa conexão. “Vemos que essa abertura, por parte das marcas, ainda não está pronta. Elas precisam trazer para o influenciador uma proposta que funcione. É uma conversa de cocriação.”, diz.
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