Os planos de crescimento da XP como líder em investimentos
Thiago Maffra, CEO da companhia, foi entrevistado no palco do ProXXIma 2024 nesta quarta-feira, 5
Os planos de crescimento da XP como líder em investimentos
BuscarThiago Maffra, CEO da companhia, foi entrevistado no palco do ProXXIma 2024 nesta quarta-feira, 5
Caio Fulgêncio
5 de junho de 2024 - 16h04
A ampliação de serviços da XP Inc. ao longo de pouco mais de duas décadas de existência evidencia os três principais pilares de crescimento para os próximos anos. Crescer como casa de investimentos, no banco de atacado e em novos serviços são os principais focos. Nesta quarta-feira, 5, Thiago Maffra, CEO da companhia, esteve no palco do ProXXIma 2024 e detalhou as estratégias para alcançar tais objetivos.
A XP nasceu em 2001 fundamentada na educação financeira em relação às bolsas de valores. Sete anos depois, falou o executivo, com a crise global no mercado financeiro, a empresa ampliou negócios e criou “a primeira plataforma de investimentos do Brasil”. Com isso, passou a oferecer, entre outras coisas, alguns produtos secundários.
“Sempre nos posicionamos como uma empresa inovadora que tenta transformar o mercado, se diferenciando do que já existe. O que nos diferencia é a forma como tratamentos os clientes, os tipos de produtos que temos e nível de serviços que entregamos”, falou.
A história de crescimento apresenta frutos. Um deles é a composição no ranking das Marcas Brasileiras Mais Valiosas de 2023/2024, apresentado pela Interbrand na terça-feira, 4, também no palco do ProXXIma. A XP Investimentos apareceu em 11ª posição (acesse a lista completa aqui).
“Além disso, creditamos na personificação da marca e mostramos que existem pessoas envolvidas. Temos uma cara. O mercado financeiro é um dos que mais tem receita, margem e rentabilidade. Então, é altamente competitivo, mas há poucos players com posicionamento forte. Temos 5 milhões de clientes, o que é pouco comparado com outros bancos. Somos nichados e estar entre as marcas mais valiosas é um feito”, comemorou.
O alvo da XP é, segundo Maffra, o público de investidores, de em torno de 30 milhões de pessoas no Brasil. E, a partir de 2020, a companhia passou a incluir outras verticais de negócios, como abertura de conta, cartão, seguros e crédito, por exemplo. “Tudo o que criamos é pensando nesse público específico”, comentou.
Nesse sentido, a meta para os próximos cinco anos é ampliar os atuais 11,5% de market share para chegar aos 22% do líder. “Nos reconhecemos e somos reconhecidos por alguns veículos como a melhor casa de investimentos do País. Logo, estudamos como podemos nos tornar a maior e melhor”, projetou.
Além do segmento de investidores, o executivo acrescentou que existe atenção especial à rede de distribuição, formada por 18 mil assessores internos e externos. Essa área, inclusive, é um dos principais alvos de inovações em inteligência artificial, sobretudo nos atendimentos personalizados.
Outro pilar importante de crescimento diz respeito às novas verticais de cross-sell, com a finalidade de “atender à vida financeira de forma completa”. No ano passado, essa frente ultrapassou os R$ 2 bilhões de receita, ou seja, quase 20% do total do ano, de R$ 15 bilhões. “Esse pilar está crescendo 40% ao ano. É um crescimento acelerado e vamos avançar muito nisso”.
O “banco de atacado”, cujos clientes são empresas a partir de médio porte, também faz parte das prioridades e expectativas de crescimento. São grandes avenidas que temos para percorrer. Temos a missão, em três anos, de alcançar R$ 26,5 bilhões. É um crescimento acelerado e razoável”, comentou.
No âmbito da comunicação, a companhia tem três grandes campanhas para correr neste ano. Uma delas, a Fator XP, é destinada justamente ao grupo de assessores, seguindo a estratégia da distribuição como pilar central. A segunda, interna, é de full service, para mostrar que a empresa “não é só uma casa de investimentos, mas está pronta para “atender o cliente como um todo”. Por fim, a terceira se volta ao universo dos esportes, que inclui trabalhos com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e NFL, com o primeiro jogo no território brasileiro.
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