Cid Moreira, voz marcante da TV e dos comerciais, morre aos 97 anos
Apresentador e locutor apresentou o Jornal Nacional por 26 anos e imortalizou a voz em reportagens, quadros e em diversas ações publicitárias
Cid Moreira, voz marcante da TV e dos comerciais, morre aos 97 anos
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Bárbara Sacchitiello
3 de outubro de 2024 - 11h58
O locutor e apresentador Cid Moreira morreu nesta quinta-feira, 3, aos 97 anos, por falência múltipla de orgãos. Ele estava internado desde 4 de setembro em Petrópolis, no Rio de Janeiro, por conta de uma insuficiência renal crônica.
Um dos rostos mais emblemáticos da história do jornalismo televisivo, Cid Moreira estreou na bancada do Jornal Nacional logo no primeiro dia da atração, em setembro de 1969, e lá permaneceu pelos 26 anos seguintes.
Depois, foi escalado para narrar reportagens especiais para o Fantástico, onde, com sua voz marcante e forma única de dar tom às notícias, marcou importantes momentos da história do País. Entre eles, está o quadro do ilusionista Mister M., famoso por revelar os truques secretos dos mágicos.
Ao longo de sua carreira, a voz de Cid Moreira também passou a ser requisitada para ações de publicidade e comerciais de TV. De acordo com o site Memória Globo, por restrições contratuais, Cid sempre pode emprestar a voz, mas nunca aparecer em campanhas publicitárias.
Em meados da década de 1990, destacou-se também ao narrar salmos e passagens da Bíblia. Em 2011, cumpriu o objetivo que deu a si próprio, de narrar o livro sagrado na íntegra, o que originou uma série de CD’s.
Seu último trabalho como locutor aconteceu em agosto deste ano, em uma ação publicitária da plataforma de e-commerce Shopee. Cid foi escalado para narrar as ofertas e convidar o público a aproveitar as promoções do dia 08/08 da companhia. Relembre:
Recentemente, também narrou comerciais para a rede de farmácias Ultrafarma. Veja:
Cid Moreira nasceu na cidade de Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927. Iniciou a carreira no rádio em 1944, na rádio Difusora de Taubaté.
Narrou diversos comerciais nos anos seguintes e, em 1949, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, quando ingressou na rádio Mayrink Veiga. Nessa década, chegou a apresentar alguns comerciais na TV Rio.
Estreou na TV em 1963, na TV Rio, apresentando o Jornal de Vanguarda, que marcou seu início no jornalismo de TV. Comandou o mesmo programa nas TVs Tupi, Globo, Excelsior e Continental.
Ingressou na Globo em 1969, inicialmente, para apresentar o Jornal da Globo. Porém, logo foi deslocado para um novo projeto de telejornal, que seria apresentado a todo o Brasil: o Jornal Nacional.
Nessa fase, fez uma histórica dupla com o jornalista Sergio Chapelin, permanecendo na bancada até 1996, quando a Globo promoveu uma renovação no telejornal e escalou William Bonner e Lillian Witte Fibe para a apresentação. Cid Moreira ainda permaneceu no jornalístico, lendo editoriais.
Em 2010, lançou um livro sobre sua carreira, escrito por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira. A obra tem o nome de “Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”.
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