Zamp escolhe Paulo Camargo, ex-McDonald’s, como CEO da operação
Ex-CEO da concorrente assume a companhia, dona de Burger King e Popeye’s, a partir de julho, com a missão de expandir o portfólio de marcas
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Bárbara Sacchitiello
21 de junho de 2024 - 9h00
A Zamp, proprietária do Burger King e Popeye’s no mercado brasileiro, já tem um novo CEO. A empresa comunicou oficialmente nesta sexta-feira, 21, a contratação de Paulo Camargo, que ocupará a vaga de Ariel Grunkraut, profissional que liderava a Zamp desde 2022, cuja saída foi anunciada semana passada.
A escolha marca o retorno de Camargo ao setor de alimentação. O executivo desligou-se, em março, da Espaçolaser, rede de beleza da qual foi CEO por quase dois anos. Antes disso, porém, construiu uma carreira em gigantes do setor de alimentação e fast food – sendo boa parte dela na principal concorrente da Zamp.
Por mais de onze anos – especificamente de 2011 a 2022 – o executivo esteve na Arcos Dorados, empresa proprietária do McDonald’s. Inicialmente, como vice-presidente de operações e, a partir de 2015, liderou a operação do McDonald’s em solo brasileiro, como CEO da Arcos Dorados.
“Esse movimento agora marca uma volta às minhas origens como gestor de portfólio de marcas”, conta Camargo, em entrevista ao Meio & Mensagem.
Apesar do período recente na área de beleza, o executivo nunca se desligou totalmente do setor de alimentação. Desde abril de 2023, ele era membro do Conselho de Adminstração da International Meal Company no Brasil, responsável por marcas como Pizza Hut, KFC e Frango Assado.
Paulo Camargo chega à Zamp para liderar um movimento de ampliação de negócios. Além de Burger King e Popeye’s, a companhia pretende ampliar as marcas do setor alimentício sob seu guarda-chuva, tornando-se uma house de operações de fast-food e alimentação.
“O objetivo é criar uma house of brands, com as sinergias necessárias e economia de escala, mas respeitando o DNA e o ‘jeitinho’ de cada uma dessas marcas”, antecipa.
Uma dessas marcas, como a Zamp já divulgou nos últimos dias, é a Starbucks. A companhia assinou o acordo para operar a rede de cafeterias no Brasil, o que lhe permitirá explorar outra área do negócio de alimentos e bebidas. A finalização do negócio, contudo, ainda depende da resolução do processo de recuperação judicial da SouthRock, que administrava a marca Starbucks em território nacional.
O novo CEO da Zamp adianta que a empresa quer expandir esse portfólio por meio de outras negociações. “Teremos outras grandes marcas. Nosso foco são as líderes ou, no máximo, as vice-líderes em suas categorias de alimentação”.
O executivo não adiantou as possíveis marcas ou segmentos alimentícios que estarão no radar, mas revelou que a estratégia da Zamp será, ao mesmo tempo em que fortalece o portfólio, de preservar e respeitar a identidade e a essência de cada uma das marcas abrigadas em sua estrutura.
“Nosso trabalho na Zamp, agora, é conseguir trazer o melhor de cada uma dessas marcas ao nosso universo, buscando excelência operacional, começando pelo cliente interno, como empregadores, destacando o que cada uma dessas marcas tem de melhor”, comenta.
Embora inicie os trabalhos na companhia somente em julho, Camargo antecipou sua perspectiva a respeito das estratégias de marketing e comunicação das marcas do grupo.
Nesse aspecto, o novo CEO admite que a observação das estratégias de marketing da companhia, sobretudo do Burger King, já esteve em seu radar quando comandava a operação da concorrente (McDonald’s).
“O BK me deu muito trabalho”, brinca. “A criatividade, genialidade, que vem da essência da marca, será preservada. E isso é muito importante e continuará sendo, sobretudo considerando que o orçamento de marketing é menor quando comparado ao de outras grandes empresas”, completou.
Um dos primeiros trabalhos de Camargo em relação ao pilar de marketing será o de auxiliar a contratação de um novo CMO. A posição de chief marketing officer está vaga desde abril, quando Juliana Cury deixou a Zamp para assumir a liderança de marketing do Santander.
Apesar da busca por essa liderança, não há, segundo ele, pressa em nomear um CMO, uma vez que, em suja opinião, os times atuais de marketing têm muito conhecimento, bem como criatividade, para dar continuidade às estratégias de comunicação das marcas do grupo.
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