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A reforma do Grupo Havas

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Comunicação

A reforma do Grupo Havas

Saiba o que muda na EuroRSCG, presidida por Ricardo Monteiro (foto) e HVS, as duas redes brasileiras ligadas à holding francesa


3 de abril de 2012 - 8h44

Há algumas semanas, David Jones, CEO do grupo Havas, sexto maior da publicidade mundial com receitas de US$ 2,2 bilhões em 2011, anunciou mudanças importantes na holding. A reforma afeta a rede Euro RSCG, cujo nome deixa de existir a partir de 1º de setembro e será substituído por Havas Worldwide. Será o fim de uma marca lançada em 1976 após a sociedade da Roux Séguéla Cayzac com a Jean-Michel Goudard.
 
A medida tem como principal objetivo fazer com que o mercado enxergue a holding como dona de uma estrutura mais simples e integrada do que dos concorrentes que lidam com tantas marcas e subdivisões. “Temos uma estrutura de gestão mais curta. Eu, por exemplo, reporto diretamente ao David Jones, o que torna as tomadas de decisões mais rápidas do que em outros grupos”, afirma Ricardo Monteiro, CEO da EuroRSCG para Ibero-América, Espanha, Brasil e Portugal. “Outra razão importante para a mudança é que existe pouca associação entre a holding e as marcas da agência”, completa.

O reflexo mais visível no Brasil será a mudança de nomenclatura nas empresas. A agência EuroRSCG passa a atuar sob o nome Havas Worldwide Brasil, a especializada em healthcare EuroRSCG Life vira Havas Worldwide Life, a operação digital Euro RSCG 4D adota Havas Worldwide Digital, e a de design e branding Euro RSCG Design vira Havas Worldwide Design +. A rede terá ainda uma nova agência voltada para ações sustentáveis: Havas Worldwide Social.

No que tange às três micro-redes do Havas, Monteiro esclarece que a BETC realmente está chegando ao País. “Ela só existirá em alguns países, inclusive o Brasil. Sua característica é de ter uma relação bastante próxima ao cliente”, explica. A marca ficou mais conhecida internacionalmente após o case “Roller Babies”, um viral que mostrava bebês patinadores para anunciar a marca Evian. Já a Arnold tem uma operação brasileira com 20 funcionários e que tem em Hershey´s seu principal cliente. “ planos para investir na ampliação do escritório, que tem um viés altamente criativo”, avisa. Em relação à terceira micro-rede do Havas, a Fuel, que está presente em alguns países da Europa, América Latina e nos Estados Unidos, não há qualquer plano de abrir operações por aqui.

HVS vai às compras
O outro lado do Havas no Brasil é a rede HVS – que só existe no País. O braço pretende expandir sua operação, hoje composta pela Z+, seu principal negócio, Havas Sports & Entertainment, e Havas Digital, esta, dona das agências Mobext, Media Contacts e Lattitud. Mais duas empresas serão adicionadas à estrutura, fruto de aquisições que devem ser finalizadas em breve. “O Brasil é um dos focos de crescimento do Havas, por isso, precisamos ganhar em escala seja nos negócios que já temos seja em áreas complementares nas quais passaremos a atuar”, afirma Ricardo Reis, CEO da HVS Brasil e da Havas Digital na América Latina, sem revelar, no entanto, em quais segmentos está de olho.

A Z+ vive a expectativa de mudanças em sua liderança. Segundo apuração do Meio&Mensagem, Zezito Marques da Costa e Alan Strozenberg deixarão seus cargos em 2012 e a agência já vive um processo de transição. Costa, que é presidente, e Strozemberg, vice-presidente, são donos de 30% das ações e, oficialmente, negam a saída iminente. Eles informam ter acordo para permanecer no negócio pelo menos até a metade de 2014. “Existe muita especulação. Os dois permanecem como sócios da Z+ e executivos do grupo até que haja alguma novidade. Assim que houver alguma mudança, se é que haverá, nós comunicaremos”, afirma Reis.
 

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