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Comunicação

Almap mantém valores e repensa práticas

Após a saída de Marcello Serpa e José Luiz Madeira, trio de sócios pretendem manter a agência como referência criativo, imprimindo seus estilos próprios


16 de dezembro de 2015 - 4h05

Um dos fatos mais importantes do ano no mercado publicitário brasileiro foi a saída da dupla Marcello Serpa e José Luiz Madeira da AlmapBBDO, após 22 anos. Desde o final de setembro, a agência controlada pelo Grupo Omnicom é oficialmente comandada pelos três sócios preparados para a sucessão: Luiz Sanches (CCO), Cintia Gonçalves (CSO), e Rodrigo Andrade (COO). Um processo planejado, mas nem por isso pouco impactante e livre de obstáculos. Desde o que trio foi incluído no quadro de sócios, em maio de 2013, houve pelo menos um imprevisto: o quarto executivo escolhido para o processo de sucessão deixou a empresa no ano passado. Gustavo Burnier, que comandava o atendimento, partiu para um negócio próprio, a recém-lançada agência mobile HandMade.

Desde a despedida de Serpa e Madeira, uma das preocupações dos novos líderes da Almap é a de tranquilizar clientes e funcionários. “Nós já estávamos à frente do dia a dia da agência. Por isso, a nossa frase é: ‘muda tudo e não muda nada’. Temos o coração nessa agência, estamos em casa. Aqui eu sei onde colocar um prego na parede sem estourar nenhum cano”, compara Luiz. “Facilita muito o fato de a gente concordar, acreditar e praticar os valores e os princípios que fizeram a Almap ser o que ela é”, completa Cintia.

De fato, o trio conhece bem a estrutura que comanda. Luiz está na Almap há 20 anos; Cintia, há 16; e Rodrigo, há cinco. “Temos uma relação com pessoas de muito tempo, assim como perenidade com as contas que atendemos. Tudo foi feito a seu tempo, nada foi abrupto. Não houve ruptura nem novidade. O que não quer dizer que o nosso estilo seja exatamente o mesmo do Zé e do Marcello”, ressalta Rodrigo.

Uma das mudanças já notadas pelo mercado foi uma maior proximidade com as concorrências por novos clientes. Durante os últimos anos, a Almap participou de pouquíssimas disputas desse tipo, privilegiando as menos especulativas, que não exigiam apresentações de campanhas, por exemplo. Mais do que isso, Serpa e Madeira eram duas das principais vozes críticas à prática disseminada no mercado brasileiro. “A gente continua não acreditando nos processos de concorrência”, garante Luiz. “Esse não é o melhor jeito de escolher uma agência, pois é processo unilateral, sem contribuição e interação com o cliente. Entretanto, existem novos desenhos e formas de pensar. Então, dependendo do cliente e do processo, se acreditarmos que há proximidade com o nosso jeito, podemos participar”, acrescenta Cintia.

A íntegra desta matéria está publicada na edição 1690 de Meio & Mensagem, de 14 de dezembro, disponível exclusivamente para assinantes nas versões impressa e também para tablets iOS e Android.  

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