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Comunicação

Sócios da F/Nazca renegociam contratos com Publicis

Fabio Fernandes e Ivan Marques acertam bases para quando resolverem vender as ações que têm


13 de maio de 2016 - 15h34

fabiofernandezfnazca

Fabio Fernandes é o maior acionista individual entre as 15 maiores agências do Brasil (crédito: Eugênio Goulart)

Fabio Fernandes e Ivan Marques, sócios locais da F/Nazca S&S, renegociaram seus contratos acionários com o Publicis Groupe, controlador da agência brasileira. A iniciativa da dupla foi motivada pela delicada situação econômica do País e pela queda de receita do mercado publicitário, em geral, que tem deteriorado o valor das ações das agências.

Segundo Fernandes e Marques, no momento eles não têm interesse de se desfazer das respectivas participações acionárias, muito menos de deixar a F/Nazca. A reportagem apurou que Fernandes tem 32,5% de participação — o que faz dele o maior acionista individual entre as 15 maiores agências do País. Já Marques tem 8,5% das ações.

Para não venderem agora, mas não serem prejudicados pela deterioração no custo das ações, a dupla fechou acordo com o Publicis Groupe de cálculo predeterminado do valor da fatia de cada um, com base no balanço de 2015 (a conta considera o lucro da empresa nos três últimos exercícios). O objetivo é não perder quando resolverem vender as ações que têm.

O novo contrato também prevê que, quando decidirem vender, ambos deverão permanecer na empresa por um prazo mínimo de três a cinco anos, período em que a participação acionária de cada um será reduzida a 1%.

A F/Nazca já teve outros dois sócios: Loy Barjas, que até 2013 mantinha 6% das ações; e Rodrigo Andrade, que tinha 2% de participação até 2010 e hoje é sócio minoritário na AlmapBBDO.

O mesmo cenário de deterioração no valor das agências influiu no ano passado nas vendas do Grupo ABC para o Omnicom, das ações de Marcello Serpa e José Luiz Madeira na AlmapBBDO e de Celso Loducca na Loducca — sendo que esses três profissionais optaram por deixar as respectivas empresas. No início de 2016 foi a vez de Roberto Justus também fechar a venda de todas as ações que ainda detinha do Grupo Newcomm para o WPP.

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