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Comunicação

Ampla, Cadastra e F.biz: as melhores agências para trabalhar

Great Place to Work apresenta as vencedoras da quinta edição da pesquisa, realizada com sete mil funcionários de agências do País


23 de agosto de 2016 - 11h12

Cadastra---Diretores

Os sócios da Cadastra (Tomás Trojan, Thiago e Gustavo Bacchin): agência foi a segunda colocada entre as empresas de grande porte (Crédito: Divulgação)

Plano de carreira, salário atrativo, boa quantidade de benefícios, ambiente amigável. Há vários fatores que classificam uma empresa como uma companhia boa para se trabalhar. No caso das agências de publicidade, esses itens continuam tendo uma importância considerável, mas não são as principais razões que levam os funcionários a sentir orgulho ao bater cartão cotidianamente.

A análise das respostas dos funcionários das 90 agências que participaram da quinta edição da pesquisa Melhores Agências Para Trabalhar, do Great Place to Work, apontaram a valorização da própria função como um elemento fundamental para a satisfação profissional. “Já há algum tempo, as pessoas não se contentam em estar em uma empresa por conta dos salários e benefícios oferecidos. Elas querem que seu trabalho tenha um valor, que represente algo para a empresa e que, de verdade, colabore com o crescimento da organização. As agências que não oferecem isso claramente terão de rever sua conduta”, opina Ruy Shiozawa, presidente do Great Place to Work Brasil. O País é o único que conta com um estudo específico para mapear o desempenho de agências de comunicação, com a mesma metodologia usada globalmente pela empresa há 20 anos e aplicada em mais de sete mil companhias de todo o mundo para a elaboração dos tradicionais rankings Melhores Empresas para Trabalhar. As 90 agências brasileiras participantes deste ano empregam 7,8 mil funcionários.

O resultado de 2016 mostra que as agências mais bem classificadas são aquelas cujos colaboradores relatam enxergar um real propósito em sua função. Isso, na opinião de Shiozawa, deriva de duas ações fundamentais das agências: possuir uma clara e estratégica gestão de pessoas e conseguir colocar suas filosofias e ideias em prática.

“As agências precisam aprimorar seus gestores para cuidar das pessoas. Isso não é uma crítica, mas uma constatação que obtivemos com os dados da pesquisa. Em diversos segmentos da indústria, as pessoas assumem funções de liderança sem estarem preparadas para gerir pessoas”, aponta o presidente do Great Place to Work Brasil. Segundo ele, essa qualificação na administração do corpo de funcionários traz benefícios não apenas para o próprio quadro pessoal como também para os negócios das companhias. “As 30 agências destacadas na pesquisa deste ano tiveram, em média, um crescimento de 8% em seu faturamento no ano passado, mesmo em um período de economia difícil. Isso mostra que a valorização do ser humano é fundamental para o bom andamento dos negócios”, analisa.

A pesquisa premia as agências em duas diferentes categorias: grandes e médias. Na primeira (que considera as agências com mais de cem funcionários), as campeãs em qualidade de trabalho são a Ampla, de Recife, a Cadastra, de Porto Alegre, e a Fbiz, de São Paulo. Entre as agências médias (com quadros de 30 a 99 funcionários), as mais bem classificadas foram a Case Imagine e a Netza, de São Paulo, e Clint Digital, de Florianópolis. Ao todo, o Great Place to Work Brasil destaca dez agências entre as grandes e 20 empresas entre as médias .

Apesar de chegar à quinta edição, a pesquisa Melhores Agências Para Trabalhar não consegue atrair a participação de muitas das maiores do ranking nacional na área da publicidade. Nesta edição, se inscreveram apenas quatro das 50 agências listadas no ranking Agências & Anunciantes das maiores compradoras de mídia do País. Mesmo com o apoio à iniciativa da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), a maioria das grandes prefere não aderir por temer má classificação nos critérios do Great Place to Work. Embora o mercado da publicidade seja dominado pelo capital internacional, 23 das 30 destacadas deste ano são empresas nacionais. E, apesar dos processos de fusão e aquisição dos últimos anos, apenas 3% das destacadas se envolveram em negociações deste tipo. As listadas nos novos rankings têm, em média, 16 anos de mercado. Veja as empresas mais bem classificadas no ranking deste ano:

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