Polícia Federal investiga Propeg
Operação Hidra de Lerna, deflagrada nesta terça-feira, 4, cumpre mandados de busca nos escritórios da agência para apurar supostos esquemas de irregularidade em contratos do Ministério das Cidades
Operação Hidra de Lerna, deflagrada nesta terça-feira, 4, cumpre mandados de busca nos escritórios da agência para apurar supostos esquemas de irregularidade em contratos do Ministério das Cidades
Meio & Mensagem
4 de outubro de 2016 - 11h44
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 4, uma nova Operação para investigar supostos financiamentos ilegais em campanhas políticas na Bahia e em contratos do Ministério das Cidades. Entre os alvos dos 16 mandados de busca e apreensão, que vem sendo cumpridos desde o início da manhã, está a agência Propeg.
De acordo com comunicado da Polícia Federal, a Operação, batizada de Hidra de Lerna, deriva de três colaborações de investigados na Operação Acrônimo, já homologadas pela Justiça e em contínuo processo de validação pela Polícia Federal. Ainda de acordo com a nota, “os investigados realizavam triangulações, com objetivo de financiar ilegalmente campanhas eleitorais na Bahia”.
Além da Propeg, são investigados na Operação Hidra de Lerna o governador da Bahia, Ruy Costa (PT-BA) e os ex-Ministros das Cidades, Mario Negromonte (PP) e Marcio Fortes. A empreiteira OAS também é algo das investigações. Os mandados foram deferidos pela ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça.
De acordo com informações da Agência Brasil, a suspeita da Polícia Federal é que as partes investigadas realizassem triangulações com o objetivo de financiar ilegalmente campanhas eleitorais. A Polícia ainda suspeita que os ex-ministros Mario Negromonte e Márcio Fortes teriam recebido propina para beneficiar a Propeg na licitação que a definiu como uma das detentoras da conta publicitária do Ministério das Cidades. Atualmente, na lista oficial da Secom, a conta do Ministério das Cidades não aparece vinculada a nenhuma agência.
Resposta
Questionada pela reportagem de Meio & Mensagem, a Propeg divulgou um comunicado a respeito da investigação. Veja:
“Na manhã desta terça-feira, 4 de outubro, a Polícia Federal realizou buscas nos escritórios da Propeg em Salvador e Brasília e nas residências de executivos da empresa. Na ocasião, prestou-se todo o apoio à ação.
A Propeg tem auxiliado, por iniciativa própria, desde junho deste ano, as autoridades judiciais para esclarecer e apurar os fatos investigados. A agência antecipou-se e forneceu diversas informações, bem como prestou depoimentos espontâneos.
No que tange à agência, os fatos em apuração não possuem qualquer conexão com o Partido dos Trabalhadores, o Governados do Estado da Bahia e com a empresa OAS.
Com 50 anos de atuação, a Propeg age com correção, respeito às leis e seguindo as normas do mercado publicitário.
Propeg Comunicação”
Ministério
Em nota divulgada nesta manhã à imprensa, o Ministério das Cidades que não recebeu nenhuma notificação da Polícia Federal e que, somente se – e quando – estiver em poder das informações “terá condições de avaliar do que se trata e capacidade de instaurar, imediatamente, processos administrativos disciplinares para investigar a denúncia.”
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