Causas sociais sob a ótica das empresas e do público
Marcas buscam explorar as plataformas online como forma de mobilizar pessoas
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Victória Navarro
29 de novembro de 2016 - 8h20
Em um momento que cada vez mais marcas se associam às questões comunitárias, vale a pena entender o papel do cidadão digital brasileiro em causas sociais e como ele vê o envolvimento de grandes empresas privadas em iniciativas que procuram impactar positivamente o mundo. A Lynx, empresa de marketing de causas do Brasil, realizou um estudo para analisar como os jovens procuram fontes de informação, qual o grau de confiança em cada uma delas e como essas pessoas utilizam as redes sociais, em assuntos desse tipo.
Millennials e as causas socioambientais
Entre os entrevistados, 87% acreditam que a responsabilidade para resolver problemas sociais está nas mãos dos próprios cidadãos, enquanto 77% acham que é o governo e 54%, as empresas. “Desde 2000, a gente vive um movimento maior desse assunto na mídia e isso deixa a sociedade, no geral, mais consciente”, fala Wal Flor. “Nisso as empresas tem um papel, ter como estratégia estimular o consumo, é inevitável que as empresas tenham a consciência que precisam para mudar o seu posicionamento, a forma como produz, como vende o seu produto, o que quer para um mundo melhor. O propósito das empresas acabou se reinventando, se revitalizando”, explica.
Aproximadamente 50% dos respondentes conseguem associar fundamentos como preservação do meio ambiente e empoderamento femininos a diferentes marcas. Diante disto, 64% confiam nelas e 64% dizem gostar de comprar produtos ligados às causas sociais, acreditando na credibilidade e no potencial de transformação das empresas.
Sobre um olhar de engajamento e comportamento digital, 54% curte ou compartilha nas redes sociais os movimentos sociais apoiados por uma empresa ou marca. Plataformas como Facebook e WhatsApp são as mais utilizadas para influenciar opiniões e debater ideias, entre os jovens, uma vez que eles ficam de três a seis horas, por dia, conectados.
“O propósito das empresas acabou se reinventando, se revitalizando”
O número de 43% representa quantos confiam em autoridades no assunto, o de 34% quantos seguem informações de amigos e conhecidos e o de 11% quantos seguem a opinião de celebridade. “A gente vê marcas se aventurando de forma mais consistente, mais genuína, autêntica e a gente também vê marcas mais pontuais. A partir do momento que a marca quer ser oportunista, o próprio consumidor percebe e isso reverbera muito negativamente. O cidadão digital está cada vez mais informado”, conclui Wal Flor.
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