Skol assume passado machista e ressalta a importância de evoluir
Marca convida ilustradoras para recriarem anúncios do passado e reconhece que a objetificação feminina não a representa mais
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Bárbara Sacchitiello
9 de março de 2017 - 12h06
“Já faz alguns anos que algumas imagens do passado não nos representam mais”. Essa foi a frase de uma abertura de uma postagem feita pela Skol em seu canal no Facebook nessa quinta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que vem ganhando uma forte repercussão na internet.
Em uma postura pouco comum no universo da publicidade, a marca da Ambev decidiu olhar com franqueza para seu passado e assumir publicamente que, por muito tempo, não tratou – e nem representou as mulheres – em suas campanhas da forma devida. “O que a sociedade espera hoje, em âmbito geral, é a verdade, tanto por parte dos políticos, quanto das empresas e também das próprias pessoas. Acreditamos que esse era o momento ideal para fazer essa análise e mostrar ao público que erramos, sim, mas que esse pensamento já faz parte do passado”, confessa Theo Rocha, diretor de criação da F/Nazca, agência de publicidade da Skol.
O antes e depois das campanhas de cerveja
Para realizar esse trabalho, a F/Nazca S&S buscou mulheres que estejam engajadas em questões feministas e que pudessem compartilhar das visões atuais da Skol a respeito da diversidade e da sociedade. Foram escolhidas as artistas Eva Uviedo, Elisa Arruda, Carol Rosseti, Camila do Rosário, Manuela Eichner, Tainá Criola, Sirlaney Nogueira e Evelyn Queiroz, a Negahamburguer. O resultado deu origem a uma série de anúncios que estão sendo apresentados nas plataformas digitais da marca. Segundo o diretor de criação, além das artistas, a maior parte do time da agência que trabalhou nessa campanha foi composto por mulheres. A produção foi assinada pela Vetor e a trilha sonora é da Loud. Veja abaixo o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=g_8fnMtbdso&feature=youtu.be
Posição incômoda
Mais do que assumir um erro, a campanha da Skol tem o propósito de ajudar a deixar para trás uma imagem que, até hoje, incomoda a agência e o anunciante. “Com os meios digitais, a exposição de campanhas e imagens antigas acabam sempre vindo à tona. Isso pode até gerar, entre as pessoas, uma confusão, pois muita gente não consegue identificar que tais imagens são do passado e acabam pensando que continuamos fazendo campanhas da mesma maneira. Isso é bem incômodo para nós”, confessa Rocha. Por isso, a agência acredita que ao reforçar a modernização do pensamento da marca, auxilia a deixar a fase machista para trás. “Ao verem essas peças e campanhas atuais, fica mais fácil de compreender que a Skol mudou”, comenta.
Skol prega verão com mais diversidade
“A Skol foi uma das primeiras marcas a deixar de lado os estereótipos e a abraçar uma comunicação mais inclusiva. Essa é uma forma de mostrar que não apenas o anunciante mas também a agência estavam vendo o mundo de outra maneira. É natural que os pensamentos e os comportamentos evoluam e é ótimo que uma marca reconheça que é preciso mudar para acompanha-los”, finaliza.
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