Após críticas, Pepsi tira comercial com Kendall Jenner do ar
Filme criado pela in-house da Pepsico foi alvo de piadas e acusado de ter banalizado protestos sociais
Após críticas, Pepsi tira comercial com Kendall Jenner do ar
BuscarApós críticas, Pepsi tira comercial com Kendall Jenner do ar
BuscarFilme criado pela in-house da Pepsico foi alvo de piadas e acusado de ter banalizado protestos sociais
Por E.J. Schultz, Ann-Christine Diaz
Do Advertising Age
A Pepsi tirou do ar o comercial com Kendall Jenner após ter sido duramente criticada não somente pela execução da peça, mas pela banalização de movimentos como o Black Lives Matter. O plano era que a campanha fosse veiculada globalmente na TV e no digital.
Em comunicado, a marca disse que estava “tentando projetar uma mensagem global de união, paz e compreensão. Claramente erramos o tom e pedimos desculpas. Não tínhamos a intenção de menosprezar um assunto sério. Estamos removendo todo o conteúdo e suspendendo qualquer futura veiculação. Também nos desculpamos por ter colocado Kendall Jenner nessa posição”.
No entanto, até terça-feira, 4, a Pepsi ainda tentou defender o filme, também por meio de um comunicado que afirmava que o anúncio “refletia pessoas de diferentes origens se unindo em um espírito de harmonia e achamos que essa é uma mensagem importante para se defender”.
Mas grande parte do público nas redes sociais discordou. Na quarta-feira, 5, a Amobee, empresa de monitoramento de conteúdo digital, mapeou diversas correlações entre Kendall Jenner, Pepsi e a expressão “tone-deaf”, utilizada para descrever quando algo é fora do tom.
A peça foi criada pela in-house da Pepsico, a Creators League Studio. O modelo de negócios da agência é trazer escritores, diretores de arte, cineastas e outros talentos para a criação das campanhas. O comercial teve Peter Kasko como diretor criativo desse comercial, Michael Bernard como diretor e a Picture Farm como produtora. O estúdio é supervisionado por Brad Jackeman, presidente global do grupo de bebidas da Pepsico, e por Kristin Patrick, vice-presidente global de desenvolvimento de marca. Na terça, Jakeman comemorou o anúncio dizendo estar “super orgulhoso da #CreatorsLeague da @PepsiCo por produzir isso”, mas o tuíte foi deletado.
Opiniões sobre o anúncio pipocaram em todo lugar. Celebridades, agências e publicações como a Esquire – que descreveu a campanha como algo “quase surreal em sua negligência” – e o Federalist, que fez a seguinte manchete: “O novo comercial com Kendall Jenner traduz tudo o que tem de errado com os millennials”.
A Wieden + Kennedy Londres, uma das agências da Coca-Cola, tuitou o link de uma matéria do Independent que questionava: “Esse é o pior comercial de todos os tempos?”.
Profissionais da indústria não pouparam críticas à campanha. “Entendo o que eles estão tentando fazer: eles tinham dados que provavelmente diziam que 75% dos millennials se consideram ativistas, então vamos aderir a essa ideia de ativismo. Mas a Pepsi errou ao adotar uma abordagem muito ampla em vez de defender algo. É como se manifestar a favor do amor ou da felicidade, não é realmente uma causa”, avaliou Benjamin Blank, CEO e CCO da Uproxx Media Group.
Ele acrescentou: “Se a Kendall Jenner realmente tivesse feito algo significativo e eles tivessem documentado esse ato, provavelmente faria mais sentido para a marca em vez de pagá-la para aparecer em uma peça que não foi baseada em nenhum significado real”.
No Reddit, vários criativos estão discutindo sobre como o anúncio provocou uma revisão sobre o papel da indústria. Até mesmo a mãe de Kendall, Kris Jenner, uma das únicas defensoras da campanha, deletou o tuíte que havia postado na terça: “Tão orgulhosa de você @kendalljenner! Obrigada @pepsi por escolher Kendall para ser o rosto de sua nova campanha”.
Por E.J. Schultz, Ann-Christine Diaz
Do Advertising Age
A Pepsi tirou do ar o comercial com Kendall Jenner após ter sido duramente criticada não somente pela execução da peça, mas pela banalização de movimentos como o Black Lives Matter. O plano era que a campanha fosse veiculada globalmente na TV e no digital.
Em comunicado, a marca disse que estava “tentando projetar uma mensagem global de união, paz e compreensão. Claramente erramos o tom e pedimos desculpas. Não tínhamos a intenção de menosprezar um assunto sério. Estamos removendo todo o conteúdo e suspendendo qualquer futura veiculação. Também nos desculpamos por ter colocado Kendall Jenner nessa posição”.
No entanto, até terça-feira, 4, a Pepsi ainda tentou defender o filme, também por meio de um comunicado que afirmava que o anúncio “refletia pessoas de diferentes origens se unindo em um espírito de harmonia e achamos que essa é uma mensagem importante para se defender”.
Mas grande parte do público nas redes sociais discordou. Na quarta-feira, 5, a Amobee, empresa de monitoramento de conteúdo digital, mapeou diversas correlações entre Kendall Jenner, Pepsi e a expressão “tone-deaf”, utilizada para descrever quando algo é fora do tom.
A peça foi criada pela in-house da Pepsico, a Creators League Studio. O modelo de negócios da agência é trazer escritores, diretores de arte, cineastas e outros talentos para a criação das campanhas. O comercial teve Peter Kasko como diretor criativo desse comercial, Michael Bernard como diretor e a Picture Farm como produtora. O estúdio é supervisionado por Brad Jackeman, presidente global do grupo de bebidas da Pepsico, e por Kristin Patrick, vice-presidente global de desenvolvimento de marca. Na terça, Jakeman comemorou o anúncio dizendo estar “super orgulhoso da #CreatorsLeague da @PepsiCo por produzir isso”, mas o tuíte foi deletado.
Opiniões sobre o anúncio pipocaram em todo lugar. Celebridades, agências e publicações como a Esquire – que descreveu a campanha como algo “quase surreal em sua negligência” – e o Federalist, que fez a seguinte manchete: “O novo comercial com Kendall Jenner traduz tudo o que tem de errado com os millennials”.
A Wieden + Kennedy Londres, uma das agências da Coca-Cola, tuitou o link de uma matéria do Independent que questionava: “Esse é o pior comercial de todos os tempos?”.
Profissionais da indústria não pouparam críticas à campanha. “Entendo o que eles estão tentando fazer: eles tinham dados que provavelmente diziam que 75% dos millennials se consideram ativistas, então vamos aderir a essa ideia de ativismo. Mas a Pepsi errou ao adotar uma abordagem muito ampla em vez de defender algo. É como se manifestar a favor do amor ou da felicidade, não é realmente uma causa”, avaliou Benjamin Blank, CEO e CCO da Uproxx Media Group.
Ele acrescentou: “Se a Kendall Jenner realmente tivesse feito algo significativo e eles tivessem documentado esse ato, provavelmente faria mais sentido para a marca em vez de pagá-la para aparecer em uma peça que não foi baseada em nenhum significado real”.
No Reddit, vários criativos estão discutindo sobre como o anúncio provocou uma revisão sobre o papel da indústria. Até mesmo a mãe de Kendall, Kris Jenner, uma das únicas defensoras da campanha, deletou o tuíte que havia postado na terça: “Tão orgulhosa de você @kendalljenner! Obrigada @pepsi por escolher Kendall para ser o rosto de sua nova campanha”.
Compartilhe
Veja também
Americanas abre concorrência para escolher agência de publicidade
Rede de varejo trabalha com a WMcCann desde 2018 e abriu processo para rever empresa responsável pelas campanhas e ações de comunicação
KFC presenteia clientes com ossinhos de frango premiados
A ação criada pela DM9 faz referência aos palitos de sorvete premiados, que marcaram os verões brasileiros