Em meio a incertezas, Liga faz campanha pelo carnaval de SP
Após várias cidades do estado anunciarem o cancelamento da folia, entidade defende os desfiles das escolas de samba em 2022
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Bárbara Sacchitiello
29 de novembro de 2021 - 6h00
Antes mesmo da descoberta da variante Ômicron ter colocado o planeta novamente em alerta para uma nova crise da Covid-19, as indefinições a respeito da retomada total das atividades nos próximos meses voltaram a surgir. Após a publicação de diversas notícias a respeito de novas ondas da doença em países europeus, o Brasil, que está próximo de atingir a marca de 615 mil mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia, voltou a questionar se será possível manter as programações de reveillón e, sobretudo, do carnaval 2022.
Festa mais popular do País e, por isso mesmo, sinônimo de multidão, o carnaval de 2022 vêm sendo muito esperado pelos envolvidos na festa, que tiveram de passar o ano de 2021 em branco devido ao cancelamento de todos os desfiles, blocos e festas. Após o avanço da vacinação pelo País e a abertura dos eventos, os segmentos envolvidos na folia veem em 2022 a oportunidade de recomeçar a recuperar os prejuízos e retomar a normalidade. Na semana passada, porém, cerca de 70 cidades do estado de São Paulo anunciaram o cancelamento das festas de carnaval do próximo ano. O principal argumento dado por esses municípios é de que as festas poderiam gerar aglomerações e, consequentemente, contribuir para a alta de casos de Covid-19.
Diante dessa situação – e do aumento do debate a respeito da realização ou não da festa mais popular do País – a Liga das Escolas de Samba de São Paulo iniciou uma campanha em prol da realização dos desfiles. Com o nome de Manifesto: Diga SIM ao Carnaval da Vida em 2022, o apelo da Liga lembra que, em 2021, “apenas o silencioso vazio da pista e das arquibancadas desfilou no sambódromo do Anhembi” e que, nas ruas e em outros locais, a festa não foi realizada pelo bem coletivo. A entidade continua dizendo que “neste momento de retomada da econômica e, consequentemente, das atividades carnavalescas, um tímido movimento quer negar a volta das práticas carnavalescas, justificando com inúmeros argumentos falhos e apelando ao ‘respeito’ pela tragédia que passou por nós de forma avassaladora.” O manifesto está sendo divulgado no site e nas redes sociais da Liga das Escolas de Samba.
A Liga segue ressaltando a importância cultura e social do carnaval e destaca que os desfiles das escolas de samba são um espetáculo a céu aberto. “Em outras palavras, o evento é como um show com plateia sentada, como um jogo de futebol com torcida ou como a Fórmula 1”. Esses tipos de atividades citadas pela Liga já têm autorização para serem realizadas com público total em São Paulo desde 1º de novembro.
O texto continua defendendo a realização dos desfiles no Anhembi destacando que, se o evento acontecesse hoje, haveria “distanciamento social, higienização de ambientes e mãos rigorosa, uso de máscara cobrindo nariz e boca e apresentação do Passaporte da Vacina, que são os protocolos vigentes no estado”. A Liga reforça que manter a festa não é um desrespeito à memória das vítimas da Covid-19 e relata algumas ações sociais praticadas pelas agremiações durante esses meses de pandemia.
A Liga finaliza o manifesto declarando que “Sâo Paulo empregou todos os esforços no enfrentamento da pandemia. Agora, o caminho para a retomada passa pela cultura. Diga SIM ao Carnaval. Diga NÃO ao negacionismo, à irresponsabilidade, ao elitismo e ao preconceito contra a cultura popular.”
A decisão sobre a realização do carnaval na capital paulista ainda não foi tomada. De acordo com a prefeitura, a decisão será tomada pela vigilância sanitária.
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