Hope esclarece comercial com Gisele
Campanha criada pela Giovanni+DraftFCB ganha polêmica ao retratar suposta sensualidade
Campanha criada pela Giovanni+DraftFCB ganha polêmica ao retratar suposta sensualidade
Meio & Mensagem
28 de setembro de 2011 - 1h56
Depois que a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República enviou nesta terça-feira 27, um ofício ao Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (Conar) pedindo a suspensão da campanha da Hope, com a modelo Gisele Bündchen, a marca enviou uma nota de esclarecimento explicando que a intenção do filme era usar o humor para mostrar a sensualidade da mulher brasileira.
Os comerciais criadospela Giovanni+DraftFCB para a campanha “Hope Ensina” mostram Gisele Bündchen primeiro vestida de forma simples, enquanto afirma que aquele tipo de roupa deve ser usado, quando a mulher quer dar uma má notícia. Em seguida Gisele aparece novamente, desta vez vestida apenas de lingerie da Hope, explicando que aquela seria a maneira certa, incentivando as brasileiras a usar o charme delas.
A secretaria contou que recebeu seis reclamações sobre o filme que está no ar desde o dia 20. Além do ofício ao Conar, a SPM também enviou documento ao diretor da Hope Lingerie, Sylvio Korytowski. A Hope por sua vez, se pronunciou por meio de nota esclarecimento.
Veja a seguir:
Nota à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM)
Em relação às denúncias recebidas por essa Secretaria por conta da campanha publicitária “HOPE ensina”, a HOPE, empresa com 45 anos de história e que sempre primou pela excelente relação com as suas consumidoras, esclarece que a propaganda teve o objetivo claro e bem definido de mostrar, de forma bem-humorada, que a sensualidade natural da mulher brasileira, reconhecida mundialmente, pode ser uma arma eficaz no momento de dar uma má notícia. E que utilizando uma lingerie HOPE seu poder de convencimento será ainda maior.
Os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal. Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher.
Foi exatamente para evitar que fôssemos analisados sob o viés da subserviência ou dependência financeira da mulher que utilizamos a modelo Gisele Bundchen, uma das brasileiras mais bem sucedidas internacionalmente. Gisele está ali para evidenciar que todas as situações apresentadas na campanha são brincadeiras, piadas do dia-a-dia, e em hipótese alguma devem ser tomadas como depreciativas da figura feminina. Seria absurdo se nós, que vivemos da preferência das mulheres, tomássemos qualquer atitude que desvalorizasse nosso público consumidor.
Atenciosamente,
Sandra Chayo, diretora
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