Mídia e produção devem somar R$ 70 bilhões em 2016
Estimativa do Grupo de Mídia de São Paulo será detalhada no 5º Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação
Mídia e produção devem somar R$ 70 bilhões em 2016
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Teresa Levin
27 de abril de 2012 - 12h22
Um horizonte extremamente positivo para o mercado publicitário irá se configurar até 2016. A afirmação que pode inicialmente parecer apenas uma suposição tem base concretas para ser feita: um estudo do Grupo de Mídia de São Paulo. A estimativa é de que os investimentos em mídia, somados aos em produção, cheguem a R$ 70 bilhões em 2016. Quem revela a previsão é Luiz Fernando Vieira, presidente do Grupo de Mídia de São Paulo e vice-presidente de mídia da Africa. Ele presidirá a comissão “As novas tecnologias e as novas fronteiras da mídia” no 5º Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, que ocorrerá entre os dias 28 e 30 de maio, no WTC, em São Paulo, quando destrinchará o caminho que levou a este valor.
Para dar uma ideia do quão relevante é este montante, basta citar o volume investido em mídia e produção no ano passado, segundo o projeto Inter-Meios, de aproximadamente R$ 39 bilhões. Vieira antecipa que a estimativa do Grupo de Mídia tem como base justamente os dados do Inter-Meios dos últimos anos, levando em conta também as estimativas de crescimento do mercado nos próximos quatro anos e três outros fatores. “Em primeiro, o princípio do aumento de custos normal das tabelas dos veículos. Em segundo, o aumento da demanda natural que vai acontecer, inclusive levando em conta que um grande número de anunciantes aproveita grandes eventos como a Copa para gerar mais negócios. O número de promoções costuma ser gigante e até anunciantes que não estão tão presentes na mídia aparecem, o que faz com que o bolo publicitário naturalmente aumente. Por fim, olhamos o histórico de aumento de mídia quando aconteceram eventos como Copa e Olimpíadas em outros mercados”, detalha. A ideia é esmiuçar ainda mais estes números, afinando os critérios para a apresentação dos dados no 5º Congresso.
O presidente do Grupo de Mídia de São Paulo explica ainda que este valor pode até ser maior. “Estamos considerando um patamar mínimo, porque desconsideramos nesta análise que a Copa e as Olimpíadas serão aqui. Existe sim potencial de ir além deste número, mas depende, é claro, de que o País cresça continuamente”, frisa. Ele acrescenta também a importância do cenário internacional. “Sem uma grande crise mundial que venha interromper ou gerar atrasos neste crescimento, como já aconteceu, podemos afirmar que o mercado deve chegar, não com facilidade, ao número de R$ 70 bilhões em 2016. Ou até mais, já que tem potencial para ir além”, acredita.
É claro que uma previsão tão positiva deve animar o mercado em um primeiro momento, mas Vieira faz um alerta sobre o que será necessário com a confirmação deste cenário. “Obviamente vai exigir um preparo maior das empresas, agências e veículos. Um preparo para que os anunciantes tenham segurança em investir este montante que estamos prevendo. É interessante também que este número crie uma mobilização grande. Ela até já está existindo no mercado, mas esperamos que este dado aumente a velocidade desta mobilização em função destes eventos, para que toda indústria da comunicação brasileira se prepare para absorver este volume grande de investimentos que vai girar pelo Brasil nos próximos quatro anos”, alerta. Como o 6º Congresso deverá ocorrer em 2016, Vieira conclui: “será quando poderemos tirar a prova dos nove”, finaliza.
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