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Comunicação

?Nada me impede de ter outra agência?, diz Ray

Lowe comprou 100% da BorghiErh/Lowe no começo de 2012, o que facilitou saída de Erh Ray


30 de julho de 2012 - 1h33

Não deverá durar mais do que alguns meses a distância de Erh Ray da publicidade. Em notícia que sacudiu o mercado nesta segunda-feira, 30, o publicitário anunciou a saída da BorghiErh/Lowe, agência que fundou em 2002 em sociedade com José Henrique Borghi. “Eu não vou conseguir ficar parado”, diz o publicitário.

Ray está preso a algumas cláusulas de “não concorrência”, mas elas parecem muito brandas perto de outros casos similares no mercado. A rigor, o profissional fica impedido de contratar empregados da BorghiErh/Lowe e de prospectar contas da agência. Mas não de criar uma nova empresa no segmento, por exemplo. “Estou aberto para o mercado publicitário. Não há nada que me impeça de ser sócio ou assumir um cargo em uma agência. Esta foi uma das cláusulas que discutimos muito”, afirma Ray. “Não há uma data e nem nada definido. Mas até o final do ano terei novidades”, completa.

Ele revela ainda que, no começo de 2012, a Lowe comprou a participação que ainda não detinha na agência e, hoje, a rede norte-americana é dona de 100% da BorghiErh/Lowe. Em dezembro, venceu o prazo para que Ray e Borghi se mantivessem como sócios do negócio, de acordo com o contrato estabelecido na ocasião da compra da agência pela Lowe, em 2006. E este momento foi fundamental para pavimentar a saída de Ray. “Em função da venda das ações, comecei a questionar muitas coisas. Assim, nos últimos seis meses, estivemos em um processo de preparar minha saída”, afirma.

Embora o processo de transição que culmina com o anúncio da saída do profissional nesta segunda-feira, 30, tenha começado com a venda das ações, a ideia de deixar o negócio já vinha de antes. Em maio de 2011, Ray e Borghi deixaram a operação da agência e assumiram um papel mais estratégico. “Aquilo foi o primeiro passo que culminaria neste processo de agora”, afirma Ray.

Hora de repensar

A razão da saída de Ray, segundo o próprio, tem a ver com as oportunidades do País e as novas possibilidades do mercado. Ele deixa claro que seu futuro pode estar fora de uma agência tradicional. “Chega uma hora na vida em que precisamos repensar. O mercado mudou muito e a comunicação está se transformando. O Brasil vai bombar nos próximos dez anos e não posso perder essa onda. Só que quero pegar uma onda nova”, afirma, sem dar pistas de qual segmento lhe interessa.

Ele ressalta que a amizade com Borghi continua. “O Zé (José Henrique Borghi) continua à frente da agência e a saída foi amigável. Não existe briga. Acredito que existem outras formas de uma dupla terminar sem ser assim. Continuamos nossa amizade enquanto cada um cuida de seus interesses profissionais”, diz.

“Tivemos 10 anos de envolvimento em um projeto de grande sucesso, que é a BorghiErh/Lowe. Nossa parceria com a Lowe nos projetou de maneira espetacular. Conquistamos o que nenhuma dupla 100% de criação conseguiu no mercado depois da geração de Alexandre Gama e Marcello Serpa", relembra, ao falar sobre a quinta maior agência do Brasil em compra de mídia, segundo o ranking Agências e Anunciantes, com dados relativos a 2011.

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